Política

Partidos de oposição e OAB pedem afastamento de Moro

Por meio de nota, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se manifestou sobre as supostas acusações envolvendo o ministro da Justiça, Sérgio Moro

Por Juliana Dias
Ás

Partidos de oposição e OAB pedem afastamento de Moro

Foto: Valter Campanato | Agência Brasil

Partidos de oposição querem o afastamento imediado do ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro por conta das reportagens do site The Intercept Brasil veiculadas na noite deste domingo (9). O líder do PT na Câmara dos Deputados Paulo Pimenta (RS) pediu que o ex-juiz que deu notoriedade à Operação Lava Jato renuncie, para não atrapalhar as investigações. "Ele trará um enorme prejuízo pro Brasil e pro governo do qual faz parte se não fizer isso. Uma coisa é investigar um ex-juiz, outra coisa investigar o ministro da Justiça", falou em entrevista coletiva na Câmara, nesta segunda (10).

Por nota, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) recomendou afastamento dos envolvidos dos cargos públicos "para que as investigações corram sem qualquer suspeita". A Ordem manifestou perplexidade e preocupação com os fatos noticiado "tanto pelo fato de autoridades públicas supostamente terem sido hackeadas, com grave risco à segurança institucional, quanto pelo conteúdo das conversas veiculadas, que ameaçam caros alicerces do Estado Democrático de Direito". 

A líder da minoria na Câmara Jandira Feghali (PCdoB-RJ) entende que a democracia e as instituições estão em risco, por isso, avalia que é papel do parlamento interromper os trabalhos até que alguma atitude seja tomada. "Nós não vamos votar mais nada, não vamos permitir apresentação de relatório de Previdência [previsto para esta semana], não vamos permitir que nada ande na Casa até que medidas concretas sejam tomadas sobre esse que é um dos maiores escândalos da República brasileira", colocou

A oposição se reúne na manhã desta terça (11) para definir quais medidas políticas e legais poderá tomar. Entre as possibilidades, está a convocação do ministro no Congresso Nacional e a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Eles também estudam instrumentos que possibilitem o afastamento imediado de Moro e dos procuradores Deltan Dallagnol e Laura Tessler.

Paralelamente, os partidos de oposição buscam aliados e conversam nesta terça com lideranças do PSB e PDT. Também com o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM).

Por outro lado, Moro disse ser grave a "invasão e divulgação", e que não há "nada demais" no conteúdo e que é normal que juízes conversem com procuradores, advogados e policiais. Moro falou que não tem as conversas arquivadas em evento em Manaus nesta segunda (10).

Dallagnol publicou um vídeo e disse temer que a mais fatos deturpados venham a tona com objetivo de prejudicar a Operação Lava Jato. Assim como Moro, afirmou que as conversas entre juízes, procuradores e advogados são normais, a menos que se verifique "conluio ou quebra de imparcialidade".

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