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Partidos de várias tendências condenam invasões a Esplanada dos Ministérios

Ações populares resultaram em saques, violência e depredações ao patrimônio público

Por Da Redação
Ás

Partidos de várias tendências condenam invasões a Esplanada dos Ministérios

Foto: Pedro França/Agência Senado

Partidos das mais diversas tendências políticas divulgaram notas oficiais nessa segunda-feira (9), deixando clara a oposição às invasões realizadas na Esplanada dos Ministérios, no domingo (8), em Brasília. Ações populares resultaram em saques, violência e depredações ao patrimônio público. 

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, partido ao qual Jair Bolsonaro é filiado, condenou os atos realizados e eximou o ex-presidente de ter envolvimento nas manifestações.

"Hoje é um dia triste para a nação. Esse movimento em Brasília hoje é uma vergonha para todos nós e não representa nosso partido, não representa Bolsonaro. As forças de segurança têm que fazer sua parte, não apoiamos esses movimentos. Apoiamos movimentos de bem", disse Valdemar em vídeo.

Partidos de Direita

Outros partidos que fizeram parte da base do governo Bolsonaro também repudiaram a violência na Praça dos Três Poderes. Foi o caso do PP que por meio de nota condenou os "atos criminosos contra a democracia". A legenda também se definiu "a favor da ordem pública". 

O Republicanos, que também compôs a base do governo Bolsonaro, disse "repudiar qualquer manifestação que ultrapasse os limites democráticos, seja ela de direita ou esquerda”.

O Novo, identificado com o liberalismo, também defendeu que "qualquer protesto deve ser pacífico e democrático. E existem caminhos institucionais para transformar a política e a sociedade, sem apelar ao caos e à barbárie".

Partidos do Centro

Para o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), o Estado democrático de direito "sofreu um inadmissível e gravíssimo ataque". Em nota, chamou os manifestantes de "golpistas" e pediu que a "irresponsabilidade e conspiração contra a democracia não podem ser toleradas". 

Bivar disse que o União Brasil condena "a ação terrorista" e cobrará das autoridades a punição de todos os criminosos. "A democracia é inegociável e soberana, e isso jamais deve retroceder no Brasil", finaliza a nota.

A presidente nacional do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), qualificou os atos de domingo em Brasília como "inadmissíveis". A nota do partido também atesta que o partido acompanhará de perto a apuração dos crimes por parte das autoridades responsáveis.

O Cidadania foi favorável à intervenção no governo do Distrito Federal (GDF). O partido alerta para a repercussão mundial que a tentativa de golpe de Estado teve, só possível, segundo a legenda, devido à "incapacidade, senão desídia, do governador afastado Ibaneis Rocha e do então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres". O PSDB também defendeu a prisão imediata dos envolvidos na tentativa de golpe.

Para o MDB, "a turba irracional abandonou os xingamentos nas redes sociais para violentar a nação brasileira". A Executiva Nacional do partido conclama as classes empresariais e trabalhadoras para que "se unam contra a barbárie".

Partidos de Esquerda

O PT postou nota garantindo que "os terroristas não passarão" na tentativa de implantar um regime autoritário no país. Já o PCdoB pede que as investigações se aprofundem sobre os financiadores das ações e movimentos antidemocráticos. E o PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, chamou os participantes da invasão às sedes dos três Poderes de "baderneiros".

O Psol anunciou que trabalhará pela instauração de CPIs no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa do DF para investigar a negligência das autoridades, das forças de segurança e os financiadores dos movimentos golpistas. O Psol entende que Ibaneis Rocha deve ser chamado para depor. O partido também pede o desmonte dos acampamentos golpistas em frente a QGs do Exército país afora.

A Rede Sustentabilidade e o Partido Verde (PV), identificados com a pauta ambiental, também repudiam os ataques à democracia. O PV anunciou que entrará com pedido de impeachment contra Ibaneis Rocha. Para o PV, Ibaneis foi omisso ao não disponibilizar o aparato de segurança pública necessário na repressão a uma tentativa de golpe de Estado.


 

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