Política

Pesquisa aponta quem são os eleitores que recusaram Lula e Bolsonaro em 2022

Especialista aponta que não será fácil conquistá-los nas eleições de 2026

Por Da Redação
Ás

Pesquisa aponta quem são os eleitores que recusaram Lula e Bolsonaro em 2022

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil


Durante as articulações pré-eleitorais haviam pelo menos 13 políticos dispostos a tentar quebrar a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). No entanto, a lista de nomes foi reduzida e pessoas como o então governador de São Paulo, João Doria, e o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, deixaram a corrida eleitoral, até que o número final foi cinco. No entanto, ainda que somados, levariam 8,2% dos votos válidos. As informações foram publicadas nesta sexta-feira (30), na revista Veja.

Entre os eleitores que não quiseram votar nenhum dos dois foram 5,7 milhões que votaram em branco ou nulo, e 32,2 milhões que nem chegaram a ir às urnas. E é esse público que segue sem engajar nem com a esquerda nem coma direita. Segundo Pesquisas Datafolha, Ipec e Quaest divulgadas em junho, é possível dividir o sentimento do eleitor com o governo Lula em três partes: há os que apoiam o petista, os que rejeitam e aqueles que acham o seu mandato regular. 

Um estudo feito pelo Instituto Locomotiva em parceria com a Agência Ideia aponta que esse eleitor é mais complexo e que vai exigir maior esforço para ser conquistado. Conforme os dados, ao mesmo tempo em que o grupo defende a vacina da Covid-19 e critica quem atuou contra ela, uma grande maioria acha que aborto é crime. O mesmo ocorre com uma parcela que apoia o controle rígido de armas, mas se divide nos temas de descriminalização da maconha e identidade de gênero. 

O estudo conclui que essa polarização continue, já que ainda não há uma outra forte liderança nacional. Além da falta desse nome, também há uma grande barreira formada por Lula e Bolsonaro, já que, ainda que não sejam candidatos, são os grandes cabos eleitorais dentro de seus campos ideológicos. 

"O eleitor de centro espera um político ideal, que não existe e não vai existir enquanto Lula e Bolsonaro não forem exauridos", avalia o presidente do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.
 

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