PF defende que TSE transfira para Abin atribuição de segurança de votos extraídos das urnas eletrônicas
Diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, enviou em setembro um documento ao Senado com a recomendação
Foto: Adriano Machado/Crusoé
A Polícia Federal (PF) defende que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) transfira à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a atribuição de segurança na transmissão dos resultados extraídos das urnas eletrônicas.
O diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, enviou no dia 22 de setembro um documento ao Senado que faz recomendações ao TSE.
Desde julho de 2019, o delegado da PF Alexandre Ramagem é diretor-geral da Abin. Ele chegou a ser escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro em abril de 2020, para ser diretor-geral da PF. A nomeação foi suspensa à época pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Nas eleições em 2020, o material da PF sobre as urnas foi levado em consideração no tribunal para alterações na centralização de bancos de dados. Agora a recomendação sobre a Abin foi alvo de questionamento ao representante da PF que participou de uma sessão temática no Senado sobre apuração e totalização de votos nas eleições.
A Abin é vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional. O ministro do GSI, general Augusto Heleno, é um dos principais conselheiros de Bolsonaro no Palácio do Planalto.