PF e Procuradoria abrem operação para examinar venda de decisões judiciais no Tribunal do Rio Grande do Sul
Os agentes realizam buscas na capital Porto Alegre e no município de Venâncio Aires
Foto: Reprodução/G1
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) abriram nesta quinta-feira (30) uma operação para examinar os indícios de venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A suspeita cai sobre um magistrado da Corte, que não teve o nome divulgado.
Os agentes realizam buscas na capital Porto Alegre e no município de Venâncio Aires. Três investigados são alvos dos mandados de busca e apreensão, concedido pela ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O objetivo da operação é recolher provas para seguir com uma investigação aberta na Operação Barbeiro, que prendeu em 2016 um policial civil acusado de cobrar propina para vazar dados de investigações criminosas administrados com jogos de azar, tráfico de drogas e estelionato.
Ao solicitar a autorização do STJ para deflagrar uma operação, uma subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo informou que os indícios de corrupção envolvendo o desembargador gaúcho são 'consistentes e diversificados'.
“Fontes independentes que convergem para a prática de condutas criminosas, especialmente do grande volume de transações financeiras suspeitas pelos investigados no período sindicado, cuja origem pode ser a negociação de decisões judiciais”, afirma o MPF.
A ofensiva faz parte da 'Operação Lava Toga' da Procuradoria-Geral da República (PGR), que já denunciou corrupção de magistrados dos Tribunais de Justiça da Bahia e do Amapá e investiga a Corte Estadual de Goiás.