Política

PF investigará aparelhos escondidos em apartamento de deputada federal

Assessores da parlamentar encontraram câmeras, microfones e gravador

Por Da Redação
Ás

PF investigará aparelhos escondidos em apartamento de deputada federal

Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados

A Polícia Federal (PF) vai investigar a instalação de câmeras escondidas em um apartamento alugado pela deputada federal Dayany Bittencourt (União-CE) em Brasília. O inquérito deve ser aberto nesta sexta-feira (26).

Na última quarta-feira (17), a parlamentar acusou nas redes sociais ter encontrado quatro câmeras e um microfone escondidos no apartamento onde ela morava. Os aparelhos forma encontrados em 28 de agosto de 2023, quando a Polícia Civil do Distrito Federal assumiu as investigações, porém o inquérito ainda não foi finalizado.

As câmeras escondidas no apartamento alugado por ela na Asa Norte foram encontradas pelos seus assessores em agosto do ano passado. Os equipamentos estavam camuflados por disparadores de água e sensores de fumaça. Segundo as investigações foram identificadas quatro câmeras espiãs, microfones, cabos de internet e um aparelho gravador DVR, um aparelho de modem. Além de serem extraídos 164.325 registros audiovisuais do aparelho.

Com a federalização do caso, a PF vai pedir todas as informações da Polícia Civil do DF (PC-DF) e o que já foi colhido, como depoimentos e compartilhamento de imagens.

Já a deputada reuniu-se com Manoel Carlos de Almeida Neto, ministro da Justiça em exercício, na quarta-feira (24) para pedir acelerar nas apurações, que estavam sob o comando da PC-DF. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), então, determinou nesta quinta-feira (25), em ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que a corporação investigue o caso.

A PF recebeu um ofício, em que aponta a suposta prática dos crimes de violação de domicílio e registro não autorizado de intimidade, ambos previstos no Código Penal, cometidos contra a deputada durante o exercício do seu mandato e de sua atividade política.

“Ao longo das investigações preliminares, foram produzidos laudos e exames periciais, pessoas foram identificadas, qualificadas e ouvidas em termos de declaração. Decorridos cerca de oito meses, a perícia realizada no gravador DVR atestou que as câmeras estavam em pleno funcionamento, mas não esclareceu se as imagens foram acessadas remotamente. O foco da Polícia Federal será o gravador das imagens encontrado no apartamento”, disse o despacho do ministério.

Segundo à PC-DF, por meio da 5ª Delegacia, responsável pela região central de Brasília, informou que o caso está em fase final de investigação, agora aguardando informações pendentes junto ao Instituto de Criminalística.

“A minha tristeza não vem apenas pela invasão da minha privacidade, mas também da constatação de que ainda temos um longo caminho a percorrer para garantir segurança, até mesmo dentro de nossos lares”, comentou a deputada.

O inquérito corria em segredo de justiça até a última semana, mas, segundo a parlamentar, decidiu procurar o Ministério da Justiça porque não teria obtido “resposta firme” contra os criminosos.

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