PGR defende que Bolsonaro não deve ser investigado no caso de pastores no MEC
Manifestação é assinada pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) foi informado nesta terça-feira (19) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) é contrária à inclusão do presidente Jair Bolsonaro (PL) como investigado no inquérito sobre o suposto gabinete paralelo no Ministério da Educação (MEC), que envolve pastores sem vínculo com a pasta em tratativas de liberação de verbas a municípios.
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, é quem assina a nova manifestação da PGR, recebida pela ministra Cármen Lúcia. De acordo com a colegiada, não há elementos para incluir o presidente no rol dos investigados do caso, que supostamente envolve propina nos trâmites entre União e prefeitos.
No entanto, no documento a vice-procuradora destaca que, caso surjam indícios de envolvimento de Bolsonaro em eventuais irregularidades, ele poderá ser incluído como alvo do inquérito.
“Semelhantes elementos não são suficientes para inclusão do representado [Bolsonaro] como investigado pelos eventos em questão, eis que não apontam indícios da sua participação ativa e concreta em ilícitos penais”, aponta ela em um trecho do documento.