Política

PGR nega pedido de Deltan para abrir investigação contra Pimenta e Lewandowski

Dallagnol alegava abuso de autoridade dos ministros após PF abrir inquérito para apurar disseminação de notícias falsas no RS

Por Da Redação
Ás

PGR nega pedido de Deltan para abrir investigação contra Pimenta e Lewandowski

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O procurador geral da República, Paulo Gonet, negou o pedido feito pelo deputado cassado Deltan Dallagnol para abertura de investigação contra o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o ministro da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta.

No pedido, Dallagnol solicitava a investigação dos ministros por suposto abuso de autoridade, depois da Polícia Federal abrir um inquérito para apurar a disseminação de notícias falsas envolvendo a crise climática que atinge o Rio Grande do Sul desde o final de abril. 

A PF, subordinada ao Ministério da Justiça, abriu o inquérito a pedido da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), à época comandada por Paulo Pimenta. Por isso, os dois ministros são citados no pedido de Dallagnol. 

Segundo ele, não existem  "indícios de crimes que justifiquem a instauração de inquérito policial, mas apenas informações e/ou críticas políticas ao Governo Federal, que não podem ser tolhidas". Além disso, ele afirmou que jornalistas e parlamentares estavam entre os investigados. 

No entanto, ao negar o pedido, a PGR afirmou que os elementos apontados "não se mostram suficientes à realização de apurações".

Para Gonet, o ofício da Secom que solicitou a investigação das fake news "apresentou um rol de notícias de conteúdo duvidoso, algumas capazes de gerar pânico na população e desmobilizar doações e resgates, além de potencialmente atingir a honra de autoridades públicas, situações que possuem repercussão criminal".

"Além disso, o volume de conteúdos duvidosos divulgados de forma simultânea traz indicativos de eventual grupo criminoso articulado para disseminação de notícias falsas, o que também pode vir a caracterizar condutas penalmente relevantes", continua o PGR.

Assim, Gonet entende que a investigação da disseminação de fake news deve seguir. "A responsabilização, dentro dos parâmetros legais, pelo eventual uso abusivo do direito à liberdade de expressão minimiza a crise informacional hoje vivenciada e favorece a construção de pautas que efetivamente solucionem as crises humanitárias, promovendo agregação social."
 

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