Polícia Civil do DF indicia Jair Renan por suspeita de fraude de documentos para obtenção de empréstimo bancário
MP agora decidirá se oferece denúncia
Foto: Reprodução / Redes Sociais
A Polícia Civil do Distrito Federal encerrou um inquérito e indiciou Jair Bolsonaro e Maciel Alves de Carvalho, ex-instrutor de tiros de Renan, pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
Diante do indiciamento da Polícia Civil do DF, o Ministério Público agora decidirá se oferece ou não denúncia à Justiça.
No âmbito deste inquérito que Jair Renan foi alvo de uma operação de busca e apreensão em 24 de agosto de 2023, juntamente com Carvalho e outros dois investigados.
A Operação Nexum foi realizada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal.
Falsificações para empréstimo
De acordo com relatório da investigação, encaminhado á Justiça do Distrito Federal no último dia 8, Jair Renan e Maciel Alves falsificaram quatro relações de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia, que na época pertencia ao filho do ex-presidente. A fraude foi realizada para apontar um faturamento que nunca existiu na empresa, de R$ 4,6 milhões no período de um ano, entre 2021 e 2022.
Diante dos números falsos, Jair Renan e Maciel Alves buscaram formas para um empréstimo bancário.
"Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material, em razão das falsas assinaturas do Técnico em Contabilidade [...], que foi reinquirido e negou veementemente ter feito as rubricas, quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais", segundo a polícia.
O empréstimo inicial era de R$ 157 mil. Em seguida, o valor aumentou através de dois novos empréstimos, sendo que o último não foi quitado, de acordo com apurado pela investigação.