Polícia Civil solicita dados telefônicos de 13 médicos diretores da Prevent Senior

A Polícia Civil de São Paulo pediu à Justiça acesso aos dados cadastrais de 13 linhas telefônicas de médicos diretores da operadora de planos de saúde Prevent Senior. A empresa é alvo da CPI da Covid por suspeitas de obrigar prescrição do uso de cloroquina a pacientes e ocultação de dados de mortes em suposto estudo sobre eficácia do medicamento.  

Com o pedido, a polícia teve acesso aos grupos de WhatsApp que recomendou mensagens com orientações de prescrição. De posse dos dados das linhas, a Polícia Civil pode comprovar quem foram os autores das ordens. Esses poderão ser responsabilizados criminalmente.

Procurada pelo jornal O Estado de São Paulo, a Prevent Senior afirmou que "não foi notificada sobre o pedido da Polícia Civil,  mas entende que todas as investigações levarão à verdade dos fatos”.

“A operadora nega e repudia denúncias sistemáticas, mentirosas levadas anonimamente à CPI da Covid e à imprensa. Por isso, a empresa pediu nesta segunda-feira (20 de setembro) que a Procuradoria Geral da República investiga como denúncias infundadas e anônimas levadas à CPI por um suposto grupo de médicos”, continua o texto.

“Estranhamente, antes de as acusações serem levadas à comissão do Senado, uma advogada que representa esse grupo de médicos insinuou que as denúncias não são encaminhadas se um acordo fosse celebrado. Obrigada à estranheza da abordagem, a Prevenir Senior tomará todas as medidas judiciais cabíveis”, conclui a nota.