Poupar e investir com antecedência

Conseguir custear o curso universitário dos filhos está entre as principais preocupações dos pais, principalmente com os impactos à economia brasileira nos últimos anos. Um recente levantamento da fintech de saúde financeira e previdência privada Onze mostra que poupar e investir pensando no futuro dos filhos pode ser vantajoso, especialmente por conta dos fatores "tempo" e "retorno nos investimentos".

A mensalidade atual das instituições de ensino privado mais bem avaliadas nos cursos de Direito, Medicina, Administração de Empresas, Publicidade e Propaganda e Engenharia Civil foram analisadas em três cenários: Poupança/investimento com 18 anos de antecedência; Poupança/investimento com 10 anos de antecedência e Sem poupança/investimento.

É, sem dúvida, um tópico considerável nesta simulação, num contexto de altas constantes e preços de tudo nas alturas.

Na simulação, o dinheiro poupado mensalmente é aplicado em produtos financeiros conservadores que rendem em média 4,50% ao ano, já descontada a inflação (taxa de juros real). A ideia é que os valores fiquem investidos até o começo da faculdade, quando os pais passarão a fazer retiradas mensais para pagamento das mensalidades do curso, enquanto o restante é mantido na aplicação até o fim da graduação, quando toda reserva terá sido utilizada.

Segundo o levantamento, os pais que começam a poupar logo no nascimento ou nos primeiros anos de vida dos filhos têm um desembolso cerca de 40% menor para pagar a faculdade do que os pais que não poupam com essa finalidade. Já os que começam a investir com cerca de 10 anos de antecedência tendem a economizar cerca de 28%. Para mensalidades a partir de R$ 7762 por mês, como é o caso dos cursos de medicina, o ideal é poupar cerca de R?1.491/mês (18 anos de antecedência) ou 3.258 (10 anos de antecedência).

Já para uma graduação com mensalidades em torno de R?3210 ao mês, como a de Engenharia Civil, por exemplo, o ideal é poupar cerca de R?525/mês (18 anos de antecedência) ou R?1.147 (10 anos de antecedência). 

Escola, faculdade, cursos, roupas, lazer. A lista de gastos que um filho pode trazer é bem extensa e preocupa muitos pais na hora de decidir sobre aumentar ou não a família. Por isso, ter um planejamento prévio é imprescindível, uma vez que ajuda a ter uma visibilidade maior dos gastos, o que resulta em um impacto menor no orçamento.