Presidente da Ucrânia agradece conselheiros da ONU por votos contrários à ação militar russa
Brasil foi mencionado por Volodymyr Zelensky em postagem de agradecimento no Twitter
Foto: SOPA Images/Getty Images
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu, em sua conta no Twitter, na sexta-feira (25), aos 11 países — inclusive o Brasil — integrantes do Conselho de Segurança da ONU que votaram a favor da resolução contrária às ações militares da Rússia contra o governo ucraniano.
Integrante temporário do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil votou a favor da resolução. Segundo o New York Times, o embaixador brasileiro na ONU, Ronaldo Costa Filho, condenou a agressão da Rússia, em seu discurso, e disse que o país [Brasil] buscou, durante as negociações de última hora, fazer alterações no texto da resolução para “equilibrar” a linguagem e deixar espaço para a diplomacia.
"As preocupações de segurança manifestadas pela Federação Russa nos últimos anos, particularmente em relação ao equilíbrio estratégico na Europa, não dão à Rússia o direito de ameaçar a integridade territorial e a soberania de outro Estado", disse o embaixador brasileiro durante o discurso da votação.
Além do Brasil, os outros 10 países que votaram a favor da resolução foram: Albânia, Estados Unidos, França, Gabão, Gana, Irlanda, México, Noruega, Quênia e Reino Unido. Três países se abstiveram do voto: China, Emirados Árabes e Índia.
A Rússia foi o único país a votar contra a resolução, fazendo com que a decisão fosse vetada. O voto da Rússia tem o poder veto, visto que o país ocupa uma cadeira permanente no Conselho de Segurança - todos os países (China, França, Reino Unido, Estados Unidos) têm direito a vetar as resoluções votadas.
O Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 países membros das Nações Unidas. Deste total, dez assentos são rotativos (temporários), e cinco são permanentes – estes são os que têm direito a veto.
“Grato a todos os membros do Conselho de Segurança da ONU que votaram para parar o ataque traiçoeiro da Rússia à Ucrânia e à Carta das Nações Unidas. O veto da Rússia é uma mancha de sangue em sua placa no Conselho de Segurança, no mapa da Europa e no mundo. A coalizão antiguerra deve agir imediatamente”, publicou o presidente da Ucrânia no Twitter.
