Economia

Presidente do Banco Central sinaliza possíveis cortes na taxa Selic

Roberto Campos Neto indica reduções de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões do Copom

Por Da Redação
Ás

Presidente do Banco Central sinaliza possíveis cortes na taxa Selic

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou durante o almoço anual promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta sexta-feira (1º), que considera apropriados cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), em resposta ao atual cenário econômico no Brasil.

"Com as variáveis que temos na mão hoje, a gente entende que o ritmo de 0,50 ponto é apropriado. A gente pretende continuar com esse ritmo nas próximas reuniões — e a gente vai avaliar em uma semana, que é a próxima reunião do Copom", declarou Campos Neto.

O presidente do BC destacou que a equipe da autarquia respalda a atual trajetória de cortes na taxa Selic, mas ressaltou a necessidade de observar os juros no campo restritivo. "É importante analisar a estrutura da curva de juros, não só a taxa de juros reais na ponta. Uma outra coisa importante é que a gente precisa ver o diferencial de juros, tanto nominal quanto real do Brasil para outros países."

Questionado sobre a estabilidade da taxa real de juros, Campos Neto enfatizou que ela não permanece constante. "Ela tem caído, depende do ponto da curva que se olha." Ele abordou também os dados recentes de inflação, mencionando que, embora a inflação cheia tenha ultrapassado um pouco as expectativas, o qualitativo apresentou melhorias.

Ao abordar as expectativas para a taxa terminal, Campos Neto evitou previsões precisas, mas destacou que, dentro do cenário atual, ela seria restritiva. "Dentro destas variáveis, a gente entende que tem espaço para seguir na forma como foi comunicado."

O presidente do Banco Central concluiu sua apresentação mencionando uma leve melhoria nas expectativas de inflação implícitas de mercado. A próxima reunião do Copom será crucial para avaliar a continuidade dessa trajetória na política monetária brasileira.

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