PRF aponta gravidade e recomenda demissão de policiais envolvidos na morte de Genivaldo
Relatório aponta também suspensão de outros dois agentes por irregularidades no preenchimento de boletim de ocorrência
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) recomendou a demissão dos três policiais envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, um homem que foi asfixiado por gases tóxicos dentro de uma viatura em Umbaúba, litoral sul de Sergipe, no ano de 2022. O relatório disciplinar concluído também sugere a suspensão de outros dois agentes, acusados de preencherem o boletim de ocorrência do caso sem a devida transparência e informações relevantes.
O processo, com mais de 13 mil páginas, foi encaminhado ao Ministério da Justiça na noite de quarta-feira (2). O caso, que ocorreu em maio de 2022, foi descrito pela PRF como "traumático", e o diretor-geral da instituição, Antônio Fernando Oliveira, pediu desculpas publicamente durante a apresentação dos estudos para a instalação de câmeras nos uniformes dos policiais rodoviários federais.
Relembrando os fatos, Genivaldo foi abordado em uma blitz da PRF enquanto pilotava sua moto na BR-101. Os policiais alegaram que ele estava sem capacete e, ao tentar explicar que tomava remédios para distúrbios psiquiátricos, ele teria sido agredido. Testemunhas registraram em vídeo a cena angustiante em que Genivaldo foi jogado no porta-malas da viatura, sob fumaça intensa. Depois de parar de gritar e se debater, os policiais fecharam a porta traseira da viatura e foram embora do local. A tragédia gerou indignação e, agora, as recomendações da PRF indicam possíveis punições para os agentes envolvidos.
