Política

Primeira-dama sabia de 'caixa paralelo' admite Sérgio Cabral

Foi a primeira vez em que ele foi ouvido após assinar acordo de delação premiada

Por Da Redação
Ás

Primeira-dama sabia de 'caixa paralelo' admite Sérgio Cabral

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Na primeira vez em que foi ouvido como delator, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral disse que a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo sabia da existência de um caixa paralelo que gerava lucros ao esquema de lavagem de dinheiro comandado por ele, e que ela usufruía do dinheiro ilegal. No entanto, nega que Adriana soubesse detalhes do esquema criminoso.

Cabral admitiu que a então primeira-dama pediu a Thiago Aragão, o advogado do escritório do qual ela é sócia, para lavar o dinheiro. Ela nega a lavagem de dinheiro.

O ex-governador também disse que outros familiares ficaram de fora dos detalhes.

Em nota, Alexandre Lopes, advogado de Adriana Ancelmo disse:

“Não vejo como possível levar a sério esse novo depoimento de Sergio Cabral. Se ele sequer mencionou o fato à Polícia Federal, ao que se sabe, em sua delação, passa-se a ideia de que o ex-governador quer se posicionar como um colaborador da Justiça, confessando tudo o que lhe for perguntado, a fim de auferir benefícios que nem mesmo o Supremo Tribunal Federal concedeu. Parece desespero pelos quase 300 anos de pena já impingida.”

A denúncia acusa Cabral, a mulher Adriana Ancelmo e outros dois de lavarem R$ 3,1 milhões (de um total de R$4,2 milhões) por meio da rede de restaurantes japoneses Manekineko. O esquema teria funcionado entre 2014 e 2016. O ex-governador confirmou as denúncias.

No depoimento, Thiago Aragão diz que a ideia de lavar o dinheiro foi de Italo Garritano, dono do restaurante. 
 

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