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Projeto de lei em Santa Catarina divide opiniões sobre participação de mulheres trans em competições femininas

A proposta visa assegurar a igualdade de condições entre atletas, destacando diferenças fisiológicas entre corpos

Por Da Redação
Ás

Projeto de lei em Santa Catarina divide opiniões sobre participação de mulheres trans em competições femininas

Foto: Arquivo/Agência AL

Um Projeto de Lei (PL) aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Santa Catarina tem gerado debates sobre a participação de atletas trans em modalidades esportivas femininas no estado. A proposta, apresentada pelo deputado Jessé Lopes (PL), visa assegurar a igualdade de condições entre atletas, destacando diferenças fisiológicas entre corpos condicionados com hormônio masculino e feminino.

Especialistas divergem quanto ao impacto do PL. Para o advogado Matheus Laupman, a proposta viola diretamente os Direitos Humanos, argumentando que a elegibilidade de atletas trans é prerrogativa das Entidades de Administração do desporto. Por outro lado, a advogada Fernanda Soares ressalta que a proposta não infringe os direitos humanos, citando diferenças fisiológicas entre homens e mulheres. O deputado Jessé Lopes defende o projeto como uma medida para proteger a igualdade e exclusividade de espaços esportivos para mulheres. A proposta prevê multa para Federações e entidades desportivas que descumprirem a normativa estadual.

O debate sobre a participação de pessoas trans no esporte conforme sua identidade de gênero é tema global e frequentemente determinado por federações nacionais e internacionais de cada modalidade. Um relatório recente do Centro Canadense de Ética no Esporte aponta a ausência de evidências científicas que comprovem vantagens de mulheres transgênero em competições esportivas. O PL 16/2023 seguirá para análise de outras comissões e posterior votação em plenário. O tema permanece como um dos pontos mais debatidos nas discussões sobre equidade esportiva e Direitos Humanos em todo o mundo.

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