Quebra de sigilo telefônico de ex-chefe da Abin mostra pedido de Gonçalves Dias para não ser relacionado à operação
As mensagens foram reveladas oficialmente na quinta-feira (31), pela relatora da CPMI do oito de janeiro, Eliziane Gama
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Uma ligação entre o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Saulo Moura da Cunha, e o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, revelou que o ex-GSI pediu para ter nome retirado do relatório entregue a a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do oito de janeiro.
A conversa foi descoberta após a determinação do sigilo telefônico de Cunha. As informações são da CNN Brasil.
As mensagens foram reveladas oficialmente na quinta-feira (31) pela relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), durante seus questionamentos a G. Dias, como é conhecido.
A troca de mensagens revelada na quebra de sigilo é a seguinte:
G. Dias: “Será que meu nome pode ser retirado daquela relação?”
G. Dias: “Ela ia ser entregue ao [senador] Espiridião [Amin].”
G. Dias: “Alguém mais que sabe?”
G. Dias: “Pode tirar o meu nome”
Saulo: “Claro, o senhor não era parte da operação.”
A relação a qual Dias se refere é o relatório entregue ao senador Espiridão Amin, que mostrava pessoas haviam recebido alerta de WhatsApp sobre a possível invasão no dia 8 de janeiro. G. Dias negou ter fraudado o relatório.