Quilombolas enviam manifesto ao STF contra plano nacional de enfrentamento à pandemia da Covid-19
Eles defendem que o documento mantém insuficiências.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) se manifestou contra o plano de enfrentamento da pandemia de Covid-19 do governo federal. Eles defendem que o documento mantém insuficiências.
Entre elas, estão o número subestimado da população quilombola, a ausência de previsão para distribuição de EPIs (máscaras, álcool em gel e outros), falta de um cronograma de execução para testagem da população quilombola em todo o país.
"governo quer justificar no plano todas as ações que está fazendo para povos e comunidades tradicionais, mas a ADPF é exclusivamente para tratar dos quilombolas. Não cabe ao governo justificar o recurso que ele gastou em 2020 como parte do plano. É uma atitude proposital do governo para (o plano) não andar e ir matando no cansaço. É tática de guerra", disse o coordenador executivo da Conaq, Biko Rodrigues.
O ideal é que o documento tivesse providências e protocolos sanitários para assegurar a eficácia da vacinação na fase prioritária e contar com a participação de representantes da Conaq.