Receita Federal confirma que há indícios de perseguição a desafetos de Bolsonaro
Em 2019, o então chefe da inteligência teria copiado dados de Eduardo Gussem, Paulo Marinho e Gustavo Bebianno
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Receita Federal confirmou nessa quarta-feira (1º), por meio de nota, a existência de “relato de fatos e eventos” referentes ao suposto esquema de perseguição a desafetos de Jair Bolsonaro em 2019.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, divulgadas em 2019, o então chefe da inteligência da Receita, Ricardo Feitosa, acessou e copiou dados fiscais sigilosos de três pessoas sem justificativa legal.
Os três desafetos foram o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, coordenador das investigações do caso das “rachadinhas”, e os políticos Paulo Marinho e Gustavo Bebianno, ex-aliados de Bolsonaro.
A Receita afirma, na nota, que o secretário especial Robinson Barreirinhas e outros três servidores assinaram uma ata de uma reunião de janeiro de 2023, no governo Lula, com “relato de fatos e eventos que podem, em tese, configurar ilícito a ser devidamente apurado”.
Esse relato é do corregedor da Receita, João José Tafner, que afirmou ter sofrido pressão do comando do Fisco em 2022 para arquivar o processo disciplinar que corria contra Feitosa pelo acesso ilegal dos dados dos desafetos de Bolsonaro.