Reforma tributária mantém Brasil entre países com maior peso arrecadatório em impostos
A união de cinco impostos em um só não deve ser capaz de reduzir a carga tributária
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A reforma tributária, atualmente debatida no Congresso Nacional, mantém o Brasil nas primeiras posições do ranking de países com maior peso dos impostos sobre consumo na arrecadação.
As diretrizes da reforma foram apresentadas ao Congresso nessa terça-feira (6), e têm o objetivo principal de alterar a tributação justamente sobre o consumo, mas sem mudar o valor de recursos que o país explora essa base de arrecadação.
De acordo com a Secretaria da Receita Federal, o governo arrecadou R$ 1,29 trilhão em 2021 com tributos, o equivalente a 14,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Os cinco tributos envolvidos na reforma tributária são PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. Juntos, arrecadaram o equivalente a 13% do PIB no ano passado.
A ideia é que eles sejam trocados, na reforma tributária, por um Imposto Sobre Valor Agregado, que não será cumulativo, e também por um imposto seletivo, que vai incidir sobre cigarros e bebidas alcoólicas.
Para que seja mantida a mesma arrecadação sobre o consumo estável, estimativas apontam, segundo o g1, que a alíquota do futuro IVA brasileiro será de 25%, o que corresponderia a uma das maiores do mundo.
