Roberto Jefferson fica em silêncio em audiência investigada por atentado ao exercício dos Poderes
O ex-deputado federal também é acusado por incitação à prática de crimes, calúnia e homofobia
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
O ex-deputado federal Roberto Jefferson não se pronunciou em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (2). Jefferson é investigado por incitação à prática de crimes, atentado contra o exercício dos Poderes, calúnia e homofobia.
A denúncia foi apresentada em junho de 2022 pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF, apresentando as entrevistas em que o ex-parlamentar teria incentivado a população a invadir o Senado, praticar "vias de fato” contra senadores e explodir o prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Jefferson também foi denunciado por calúnia após afirmar que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cometeu o crime de prevaricação, crime que consiste em deixar de praticar ou praticar indevidamente o ato de ofício. A última denúncia foi pelo crime de homofobia após afirmar que pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIA+ representam a “demolição moral da família”.
O advogado de Jefferson, João Pedro Barreto, afirma que “tem uma falha grave (no processo) porque não há a declaração”. “A gente tem o direito de saber o que ele falou”.
O ministro Alexandre de Moraes lembrou que Roberto ofendeu a ministra Carmem Lúcia, atual presidente do TSE, após conhecimento das denúncias em julho. O relator da denúncia aponta a extensão e as consequências das condutas do ex-deputado com os fatos apurados envolvendo os ataques de 8 de janeiro de 2023.
Roberto Jefferson está preso desde 2022, quando abriu fogo contra os policiais federais que cumpriram o mandado de prisão contra ele. Devido ao ocorrido, Jefferson também responde a um processo por tentativa de homicídio.