Salvador perde áreas verdes para construções, avalia ambientalista
Ambientalista diz que as causas da ocupação são obras do poder público, da prefeitura e do governo do estado
Foto: Reprodução/CCRMetrô
Em Salvador, empreendimentos privados construídos de forma inadequada e estratégias para o avanço da mobilidade adotadas pelo poder público, são uma das principais causas da supressão indevida de áreas verdes. Diferente de outras cidades do Nordeste como Sergipe e Maceió, têm conseguido ampliar a vegetação.
O professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e coordenador do Meio Ambiente da Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sumai-Ufba), Antonio Lobo, diz ao G1 que um dos motivos é a ocupação de áreas da cidade, através de obras do poder público, da prefeitura e do governo do estado. Ele também cita alguns exemplos:
"A ocupação de parte do canteiro verde da Paralela para a implantação do metrô, a ocupação de parte do canteiro verde em algumas avenidas, como a Vasco da Gama, para a implantação do BRT, que é a obra mais recente. Com a construção de viadutos, que não é o tipo de obra mais indicada nas cidades mais avançadas, mais desenvolvidas".
A Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal de Salvador (Secis) disse ao G1, que mais 110 mil árvores foram plantadas na cidade nos últimos 11 anos, o que promoveu requalificação de áreas verdes.