"São fatos, sim, graves, que devem ser apurados", diz Fachin sobre os indiciamentos da PF
Ministro do STF participou de evento em Porto Alegre e comentou indiciamento das 37 pessoas
Foto: Antonio Augusto/secom/TSE
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin disse que os indiciamentos do inquérito da Polícia Federal (PF) que apura a tentativa de golpe de estado após as eleições de 2022. No decorrer do evento em Porto Alegre, Fachin disse que os fatos apurados são "graves", mas que a democracia brasileira é "forte" e "sólida".
O inquérito da PF investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por suspeita de envolvimento nos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Além de Bolsonaro, o presidente do Partido Liberal Valdemar Costa Neto, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Braga Netto estão entre os indiciados.
"São fatos, sim, graves, que devem ser apurados, mas a democracia brasileira é maior do que isso tudo", disse, em entrevista coletiva.
O ministro do STF colaborou com uma aula magna promovida pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4). Depois do evento, Fachin atendeu a imprensa em uma entrevista coletiva.
A análise de Fachin, a investigação da PF "evidencia que as forças civis do Brasil estão, na sua grande maioria, maduras suficientes para entender que processo eleitoral, resultado das eleições, obediência à soberania popular fazem parte da democracia".