Sem crescimento econômico, Haddad afirma que não há ajuste fiscal possível
Em conversa com jornalistas, ministro voltou a defender o arcabouço
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Foto: Agência Brasil/Lula Marques
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta segunda-feira (24), em coletiva de imprensa, o arcabouço fiscal e afirmou que "não existe um ajuste fiscal possível" sem o crescimento da economia brasileira.
"O arcabouço fiscal aprovado prevê um piso de investimento público. Acredito ser a primeira lei federal a estabelecer esse piso, justamente para recuperar a ideia de que, se o Brasil não crescer, não existe ajuste fiscal possível", disse.
Segundo Haddad, a persistência do governo no cumprimento do arcabouço fiscal resultará em "melhores resultados primários ao longo do tempo". Ele destacou que, com o crescimento, haverá espaço para mais investimentos.
As declarações foram feitas durante o P3C 2025, evento em São Paulo focado em parcerias público-privadas (PPPs) e concessões.
Em relação aos desafios fiscais e a necessidade de investimentos públicos, Haddad afirmou que a solução não está apenas no arcabouço fiscal. Ele lembrou que, para manter a meta de gastos estabelecida, a equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, no fim de novembro, um bloqueio de R$ 5,5 bilhões no Orçamento de 2024.