Senador reprova demora do TSE em retirar candidatos inelegíveis das urnas
“É um vexame da Justiça Eleitoral”, afirmou Alessandro Vieira
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O senador Alessandro Vieira (PSDB) avalia medidas judiciais e legislativas para evitar que um candidato inelegível apareça nas urnas, ação que pode desequilibrar a eleição, como ocorreu em Sergipe.
“É um vexame da Justiça Eleitoral”, afirmou Vieira, que ficou em terceiro na disputa pelo governo. O candidato Valmir de Francisquinho foi o campeão de votos, que acabaram anulados.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Francisquinho estava inelegível desde 2019. Porém, a decisão foi confirmada no último dia 29, quatro dias antes da eleição, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na véspera da votação, no sábado (1º), o STF negou um recurso do candidato. Ainda assim, as urnas mostraram o nome de Francisquinho normalmente no domingo (2). Ao todo, ele conquistou 458 mil votos, que foram anulados.
Com o resultado, passaram para o segundo turno Rogério Carvalho, do PT, com 339 mil votos, e Fábio, do PSD, com 295 mil. Alessandro Vieira, do PSDB, registrou 82 mil votos.
“Foi uma demora gigantesca da Justiça. Há uma clara manipulação judicial no cenário eleitoral. Um candidato flagrantemente inelegível foi mantido artificialmente no pleito até o último segundo. É um vexame para a própria Justiça Eleitoral. A campanha gastou R$ 3,5 milhões do Fundo Eleitoral e o candidato pediu voto até a véspera”, afirmou Vieira em conversa com a coluna.
O senador ainda destacou que respeita o resultado eleitoral, e apontou que poderia ter chegado ao segundo turno caso Francisquinho não aparecesse nas urnas.
“Os votos de Francisquinho eram de oposição. Somados, esses votos, os meus e de uma candidata do PSol foram maioria ampla. 450 mil votos foram anulados. E os dois candidatos governistas foram para o segundo turno. É lamentável o eleitor não ter a liberdade de escolha por causa da desinformação nesse processo”.