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Série sobre Ayrton Senna estreia e retrata momentos reais da carreira do piloto que parecem ficção; confira quais

A Netflix estreou a série 'Senna' na última sexta-feira (29)

Por Da Redação
Ás

Série sobre Ayrton Senna estreia e retrata momentos reais da carreira do piloto que parecem ficção; confira quais

Foto: Reprodução/Alan Roskyn/Netflix

A Netflix estreou a série "Senna", que retrata a vida do maior piloto brasileiro de todos os tempos. A obra mostra diálogos e situações a partir da percepção dos roteiristas e criadores, e também expõe momentos da vida íntima do atleta com amigos de infância, os relacionamentos com Xuxa e Adriane Galisteu, além da parceria com Galvão Bueno.

Parte da série reproduziu fatos da vida do piloto com fidelidade aos acontecimentos reais, utilizando depoimentos e registros em vídeo sobre Ayrton Senna como base. No entanto, muitos episódios vividos pelo atleta parecem irreais. Por isso, confira momentos reais da vida de Ayrton Senna representados na série que parecem ficção:

 

1. Mudança de regra que resultou em perda de título mundial

No primeiro episódio da série mostra o momento em que Senna perde o campeonato mundial de kart para o holandês Peter Koene. Ambos empataram na pontuação da competição, mas houve uma controvérsia no critério de desempate. O brasileiro acreditava que o critério era a colocação na bateria final, o que o tornaria vencedor. 

A Federação Internacional do Automobilismo (FIA) decidiu que  o critério seria as colocações nas semifinais, o que declarou a vitória de Koene. Após a derrota, Senna não conseguiu se tornar campeão mundial de kart em nenhuma outra ocasião.

 

2. A quase aposentadoria precoce

Após fechar parceria com a equipe Van Diemen e vencer a categoria Formula Ford 1600 com 12 vitórias em 19 corridas, Senna foi prejudicado em uma corrida pelo próprio companheiro de equipe, o argentino Enrique Mansilla, que alegou que o brasileiro já havia o prejudicado em corridas anteriores.

O brasileiro não gostou da atitude e foi tirar satisfações. Uma foto da época mostra Senna agarrando o pescoço do argentino.

Ao final da temporada, o brasileiro anunciou a aposentadoria do esporte. Ele explicou que a esposa Lilian não estava se adaptando à vida na Inglaterra e que iria voltar ao Brasil para trabalhar nos negócios da família.

 

3. A manobra com fita adesiva

Em uma corrida decisiva, no circuito de Thruxton, Senna utilizou uma tática com fita adesiva para vencer a disputa.

O piloto iniciou a corrida com fitas adesivas na entrada de ar do radiador do carro, com o intuito de fazer o óleo aquecer mais rapidamente e atingir um ponto ótimo logo na primeira volta.

Na sexta volta o carro superaqueceu, Senna afrouxou o cinto de segurança e removei as fitas adesivas com as mãos. A manobra foi muito arriscada, por ter sido executado em um dos pontos mais arriscados da pista.

A estratégia foi um sucesso e o brasileiro ganhou a corrida e o campeonato.

 

4. A reviravolta na corrida chuvosa em Mônaco

Em 1984, Senna participava da Fórmula 1, mas não conseguiu vaga em nenhuma equipe com os melhores carros.

A corrida de Mônaco teve a largada adiada por 45 minutos devido a fortes chuvas. Acidentes marcaram a corrida que aconteceu em meio à forte chuva.

O brasileiro largou em 13° e ultrapassou diversos adversários ao longo da corrida. Na 32° volta a corrida precisou ser interrompida com uma bandeira vermelha, devido à forte chuva. Naquele momento, o francês Alain Prost liderava a corrida, mas Senna o ultrapassou e foi o primeiro a cruzar a linha de chegada.

Embora Senna tenha cruzado a linha de chegada primeiro, a vitória foi do francês, pois as regras estipulavam que o vencedor seria quem estava na frente na volta anterior a que a corrida foi interrompida.

Mesmo com um carro inferior, Senna fez a volta mais rápida da corrida.

 

5. A batida sozinho em Mônaco

Em uma outra corrida na pista de Mônaco, Senna pilotava a McLaren e começou com muita vantagem em relação aos outros competidores, ele chegou a conseguir 55 segundos de vantagem a frente do segundo competidor. A cada volta, o brasileiro conseguia ir mais rápido.

Na volta 67, ele bateu sozinho na entrada do túnel de Mônaco. A batida foi provocada por um erro do próprio Senna. Após o acidente, o brasileiro saiu do carro e foi direto para seu apartamento, sem dar nenhuma satisfação a equipe.

A corrida se tornou uma prova da busca de Senna de sempre andar mais rápido, mesmo com a vitória garantida.

 

6. A desclassificação no Japão e a perda do título

Durante a penúltima corrida da temporada de 1989, Senna precisava vencer para desafiar Prost na briga pelo título mundial.

Na volta 47, o brasileiro tentou ultrapassar Prost na entrada do ponto mais arriscado da pista e acabou chocando o carro contra o do adversário.

Prost deixou o carro por acreditar que o acidente garantiria a vitória, mas Senna retornou à corrida após dar o comando para que os auxiliares de pista empurrassem o carro.

Ele foi até os boxes para trocar o bico do carro e retornou à pista. Senna conseguiu ultrapassar o líder Alessandro Nanini e ganhou a corrida.

Senna foi desclassificado da corrida por ter cortado a chicana após o acidente com Prost. Senna não retornou à pista no mesmo ponto do acidente, mas após a curva.

 

7. A batida em Prost que garantiu um título

No campeonato mundial decidido no Grande Prêmio do Japão de 1990, Senna era o favorito para vencer e só precisava garantir que Prost não pontuasse.

O brasileiro teve desentendimentos com a direção da prova ao solicitar que a posição de largada do pole position fosse alterada na pista. O piloto informava que a posição que iria largar prejudicava quem largava primeiro. A direção da prova não acatou a decisão a pedido do presidente da FIA.

Na primeira curva, Senna e Prost colidiram o que garantiu o título mundial ao brasileiro, já que Prost não conseguiu pontuar.

 

8. A vitória utilizando apenas uma marcha em Interlagos

Em 1991, Senna se deparou com a possibilidade de ser campeão mundial vencendo o Grande Prêmio no Brasil. Durante a corrida no circuito de Interlagos, Senna largou na pole e conseguiu uma boa vantagem sobre os adversários.

O inglês Nigel Mansell, da Willians, era o segundo colocado e estava cada vez mais perto de passar Senna, mas o carro quebrou na volta 61. A partir desse ponto o companheiro de Mansell, Riccardo Patrese assumiu a vice-liderança.

As marchas do carro de Senna parou de funcionar e o brasileiro precisou finalizar a prova utilizando apenas a sexta marcha do carro. O piloto conseguiu finalizar a corrida com apenas 3 segundos a frente de Patrese e com espasmos musculares ocasionados pelo esforço excessivo.

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