Silva e Luna afirma que Petrobras não é local para 'aventureiro'
Segundo o ainda presidente da estatal, governança é robusta em "conformidade e sustentabilidade"
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O general da reserva Joaquim Silva e Luna, o ainda presidente da Petrobras, afirmou nesta terça-feira (29) que a estatal possui uma governança robusta, sem espaço para “aventureiros” dentro da companhia.
Em palestra no Superior Tribunal Militar, em Brasília, Luna saiu em defesa da política de paridade de preços da empresa com os valores internacionais, já que o pilar garante a rentabilidade na área de refino.
“A empresa é fiscalizada por mais de duas dezenas de órgãos de fiscalização e controle, e possui uma robusta governança em conformidade e sustentabilidade. Não há lugar para aventureiro dentro da empresa hoje, a não ser que mude a legislação”, afirmou.
Ontem, após decisão do presidente Jair Bolsonaro, ficou determinada a saída de Silva e Luna da presidência da estatal. O novo indicado, Adriano Pires, deve assumir o cargo após o término do comando em 13 de abril.
Luna segue a frente da estatal até a próxima assembleia de acionistas que definirá o novo conselho e o presidente-executivo da Petrobras. A saída foi motivada pelo descontentamento do presidente aos aumentos de combustíveis realizados pela estatal no início de março.
O general reiterou durante o discurso que a empresa tem responsabilidade com a sociedade, mas não faz política pública. “Tem responsabilidade social? Tem. Pode fazer política pública? Não. Pode fazer política partidária? Menos ainda”, concluiu.