Solicitação de CPI do MEC possui 27 assinaturas necessárias
Número é o mínimo necessário para seguir com o pedido de abertura das investigações no Senado
Foto: Reprodução/Agência Brasil
A requisição que pede a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades no Ministério da Educação (MEC), sobre recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), já possui 27 assinaturas. Esse é o número mínimo necessário para seguir com a solicitação.
O último nome confirmado foi o do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB). Ele disse que aprova o pedido porque esses “são fatos de altíssimas gravidades que carecem de todos os meios investigativos”, disse em entrevista à analista Basília Rodrigues, da CNN.
Diante disso, o requerimento poderá ser lido no Plenário do Senado, e o presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD), será autorizado a decidir sobre a abertura ou não da CPI.
Conforme as denúncias, existem suspeitas que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro praticava beneficiamento indevido na destinação de verbas públicas do MEC, por meio da intermediação dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, que pediam propina de prefeitos.
Em depoimento à Comissão de Educação do Senado, nessa quinta-feira (7), o presidente do FNDE, Marcelo Lopes da Ponte, afirmou ter participado de ao menos quatro agendas com esses religiosos. Mas, segundo ele, não presenciou “conversas suspeitas” em nenhuma das ocasiões.
Além disso, Ponte também negou que qualquer funcionário do Fundo tenha relações com os pastores ou até mesmo com os prefeitos que teriam sido beneficiados com os repasses.
Os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura foram convidados para a mesma audiência, acusados de tráfico de influência, mas enviaram ofícios informando que não compareceriam.