Taxa de desemprego segue maior entre mulheres e negros, segundo IGBE
Taxa entre mulheres ficou em 10,8%, enquanto a dos homens, 7,2%
Foto: Agência Brasil
A taxa de desocupação no Brasil continua maior para as mulheres ao longo do primeiro trimestre de 2023. No período, 10,8% das pessoas do sexo feminino estavam desempregadas, contra 7,2% entre os homens.
A diferença se mantém em todas as regiões do Brasil, segundo dados revelados nesta quinta-feira (18) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Também figuram com taxas de desemprego acima da média nacional (8,8%) as pessoas pretas e aquelas com o ensino médio incompleto. Quando analisada a taxa de desocupação por cor ou raça, a dos que se declararam brancos (6,8%) aparece abaixo da média nacional, enquanto a dos pretos (11,3%) e a dos pardos (10,1%) ficaram acima.
No primeiro trimestre de 2012, início da série histórica da pesquisa, a taxa média foi estimada em 8%, e no recorte por cor ou raça havia os seguintes percentuais: a dos pretos correspondia a 9,7%; a dos pardos, a 9,2%; e a dos brancos era de 6,7%.
Já na análise por nível de instrução, a taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto era de 15,2% nos primeiros três meses deste ano. Para os que tinham superior incompleto, a taxa foi estimada em 9,2%, mais que o dobro da verificada para aqueles que completaram o nível superior (4,5%).
Segundo Alessandra Brito, analista da pesquisa, a maior taxa de desocupação entre mulheres e entre pessoas de cor preta e parda é um padrão estrutural do Brasil. “Essas populações também estão sobrerrepresentadas na informalidade, se comparadas aos homens e às pessoas de cor branca”, afirma ela.