Remuneração média dos brasileiros fica estável no primeiro trimestre de 2023, com destaque para o Nordeste
Salário médio do Nordeste registra aumento de 3%, mas continua sendo o menor do país; Centro-Oeste tem a maior renda média dos trabalhadores
Foto: Agência Brasil
No primeiro trimestre de 2023, a remuneração média dos brasileiros manteve-se estável, atingindo o valor de R$ 2.880. No entanto, por trás desse panorama geral, surgem contrastes marcantes entre as regiões do país.
A região Nordeste registrou um aumento significativo de 3% nos salários, passando de R$ 1.920 para R$ 1.979. Apesar desse crescimento, o Nordeste continua sendo a região com a menor média salarial do país. Essas informações foram reveladas em uma recente divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Por outro lado, o Centro-Oeste desponta como líder no ranking de renda, apresentando a maior média salarial dos trabalhadores, totalizando R$ 3.347. Mesmo com uma pequena queda de 0,44% nos primeiros três meses deste ano, essa região continua a superar as demais em termos de remuneração.
No entanto, as regiões Norte e Sul não tiveram a mesma sorte, sofrendo variações negativas nas remunerações médias. No Norte, os salários caíram de R$ 2.258 para R$ 2.224, representando uma queda de 1,5%. Já no Sul, a redução foi de 1,4%, passando de R$ 3.180 para R$ 3.136. Enquanto isso, no Sudeste, o indicador permaneceu estável, com um pequeno aumento de R$ 3.228 para R$ 3.251.
Além disso, é importante ressaltar que a soma dos rendimentos brutos recebidos por todas as pessoas ocupadas se manteve estável no primeiro trimestre, atingindo aproximadamente R$ 277,2 bilhões. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, esse valor apresentou um crescimento considerável, visto que era de R$ 250,2 bilhões.
No âmbito da distribuição regional, o Sudeste se destaca como a região com a maior massa de rendimento real ao longo da série histórica, totalizando R$ 142,3 bilhões nos primeiros três meses deste ano. No entanto, tanto o Norte quanto o Sul experimentaram uma redução estatisticamente significativa da massa de rendimento em comparação com o quarto trimestre de 2022, enquanto as demais regiões permaneceram estáveis.
Esses dados reforçam a necessidade de um olhar atento para as disparidades salariais entre as regiões do Brasil, evidenciando a importância de políticas que busquem promover uma distribuição mais equitativa da renda