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Política

Técnicos da CGU são contra decisão que ampliou sigilo de pareceres jurídicos do governo

Órgão informou que sigilo dos advogados está previsto no Estatuto da OAB

Por Da Redação
Ás

Técnicos da CGU são contra decisão que ampliou sigilo de pareceres jurídicos do governo

Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Documentos internos da Controladoria Geral da União (CGU) mostram que a decisão do órgão de tornar sigilosos os pareceres jurídicos do governo não tinha apoio interno do setor que cuida dos pedidos de informação através da Lei de Acesso à Informação (LAI). Mesmo com pedido de acesso aos textos por parte da Ouvidoria Geral da União, os argumentos não foram aceitos pela cúpula da CGU. A informação é do GLOBO. 

Com o objetivo de enfrentar a ordem de vedar a divulgação de pareceres jurídicos, a Ouvidoria tentou contrapor a posição defendida tanto pela Secretaria-Executiva como pela Consultoria Jurídica da CGU. Em outubro do ano passado, o ouvidor-geral Fabio Valgas enviou um e-mail aos subordinados com uma solicitação de um esforço para assegurar transparência dos pareceres jurídicos a qualquer cidadão. 

"Precisamos tratar de resolver a controvérsia que persiste entre nossa cognição e a posição de nossa Conjur, que reverbera o entendimento da AGU, sobre a aplicação do sigilo advogado/cliente para restringir o constitucional direito de acesso à informação pública", escreveu.

Valgas ainda sugeriu que fosse redigida uma nota técnica "sustentando que os pareceres jurídicos, inclusive, aqueles que dizem respeito a veto/sanção de lei, após o cumprimento dos objetivos para fundamentação de ato administrativo, são documentos públicos sujeitos ao conhecimento e acesso de todos aqueles que queiram exercitar as faculdades da LAI". No final do e-mail, acrescentou: "Agradeço a todos, torcendo para que tenhamos sucesso em sustentar o paradigma da máxima transparência".

Por meio de nota, o órgão informou que houve uma mudança no entendimento de autorização da divulgação dos documentos, e prevaleceu a posição de que o sigilo dos advogados públicos está previsto no Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Por essa razão é fundamental compreender que a aplicação do sigilo profissional deve ser verificado caso a caso, a fim de não permitir um entendimento amplo e automático", diz o comunicado.

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