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Tesouro Direto tem recorde de investidores e jovens buscam plano para aposentadoria

O valor em custódia do programa aumentou 13% em 12 meses

Por FolhaPress
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Tesouro Direto tem recorde de investidores e jovens buscam plano para aposentadoria

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Tesouro Direto atingiu o recorde de 3 milhões de investidores no Brasil em dezembro de 2024, segundo levantamento da B3, crescimento de 22% em relação aos 2,5 milhões registrados no mesmo mês de 2023.

c, passando de R$ 126,8 bilhões em 2023 para R$ 142,7 bilhões em 2024.

Apesar do crescimento no número de investidores, o saldo médio por aplicação caiu 31%, passando de R$ 2.500 para R$ 1.700. Para a B3, esse movimento indica que o Tesouro Direto está se tornando mais acessível à população em geral.

Criado em 2002 pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em parceria com a B3 (então BM&F Bovespa) para a negociação de títulos públicos federais, o Tesouro Direto eliminou, em novembro de 2024, o valor mínimo para investimentos. O teto mensal por investidor segue em R$ 2 milhões.

Há cinco tipos de título: Tesouro Selic, Tesouro IPCA, Tesouro Prefixado, Tesouro Renda+ e Tesouro Educa+.

Desses, o Tesouro IPCA e o Tesouro Selic concentram 75% do saldo total em custódia. O Tesouro Selic, por sua vez, aumentou sua participação nos investimentos em títulos públicos, passando de 27% em 2020 para 40% em dezembro de 2024.

No último trimestre de 2024, o Tesouro Renda+ a adesão de investidores entre 18 e 24 anos saltou de 6% para 20%, representando 54,6 mil do total de 287,7 mil investidores. A maior parte dos investidores no Renda+, 47% do total, possui entre 25 e 39 anos.

Ainda há uma discrepância de gênero no Renda+: as mulheres são apenas 29% das investidoras na modalidade.

Lançado em janeiro de 2023, o Tesouro Renda+ funciona como um complemento à aposentadoria, permitindo ao investidor aplicar recursos por um período determinado, sem possibilidade de resgate antecipado dos rendimentos juros pagos pela União aos investidores por até 40 anos. Ao término desse prazo, o investidor passa a receber pagamentos mensais durante 20 anos.

O Sudeste ainda é a região com maior parte dos investidores no Renda+, com 56%, seguido pelo Nordeste (17%), Sul (13%), Centro-Oeste (8%) e Norte (5%).

O levantamento também aponta altas em outros meios de investimento e reserva financeira.

A quantidade de investidores em renda variável atingiu a marca de 5,3 milhões ao final de 2024, aumento de 6% em 12 meses.

Na renda fixa, o crescimento do saldo em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e RDBs (Recibos de Depósitos Bancários) foi de 23%. O maior crescimento foi dos CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliário), que subiram 31% na base de investidores e alcançaram a marca de 400 mil pessoas físicas, o dobro do contingente de 2022.

Entre 2023 e 2024, o número de contas remuneradas e aplicações automáticas ligadas à oferta de CDBs e RDBs aumentou 22%, de 75,5 milhões para 91,8 milhões. Segundo a B3, isso se deve ao impulso da bancarização via bancos digitais e fintechs no Brasil. Nesses modelos, recursos "parados" em contas-correntes são alocados em produtos financeiros de forma voluntária ou automática, conforme a oferta da instituição financeira.

Já o número de contas de poupança subiu 11%, de 586,7 milhões em dezembro de 2023 para 649,3 milhões no mesmo período de 2024, alta de 11%. O volume de depósitos cresceu 12%, indo de R$ 4.509,2 bilhões para R$ 5.042,3 bilhões. A maioria das contas, 538 milhões, possui valores até R$ 1.000.
 

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