Política

Thereza Collor acusa irmã de irregularidades no inventário do pai, João Lyra

Segundo a empresária, Maria de Lourdes coloca em risco o patrimônio da família

Por Da Redação
Ás

Thereza Collor acusa irmã de irregularidades no inventário do pai, João Lyra

Foto: Reprodução

A empresária Thereza Collor, filha do ex-deputado João Lyra, falecido em 2021, fez uma série de acusações contra a irmã mais velha, Maria de Lourdes Lyra, responsável pelo inventário do ex-parlamentar, que é única entre os herdeiros com poder de atuar no processo de falência do Grupo Laginha. A empresa é avaliada em R$ 4 bilhões, mas seu processo de liquidação já se arrasta há quase dez anos. 

Em entrevista à revista VEJA, Thereza acusa a falta de transparência e utilização de recursos da massa falida para uso pessoal. 

"Discordamos da maneira como Maria de Lourdes vem conduzindo o inventário. Em nossa visão, ela não tem o preparo necessário para defender os interesses dos herdeiros no processo de falência da Laginha, cuja resolução é determinante para a solvência do espólio. Sua conduta põe em risco o patrimônio familiar. Além disso, identificamos elementos de prova que, segundo nosso entendimento, indicam que Maria de Lourdes teria cometido diversas irregularidades como inventariante, incluindo potencial ocultação do uso de recursos do espólio para pagar despesas de bens, possível com seu advogado pessoal e extrema deficiência na prestação de serviço contas. Os irmãos perderam toda a confiança em sua atuação", disse. 

À revista ela explicou que vê "sinais pertubadores" de Maria de Lourdes ao conduzir a situração. "Não posso responder por ela, mas vejo sinais perturbadores de conivência de Maria de Lourdes com iniciativas para impor custos astronômicos e contratos de longa duração à massa falida, na contramão do que deve ser o processo de falência. Também são preocupantes as ligações profissionais e afetuosas entre os assessores jurídicos e financeiros de Maria de Lourdes e a dupla de advogados Eugênio Aragão e Willer Tomaz. Com a perpetuação da falência, os credores são prejudicados e somente os assessores ganharam", descreveu.

"Não tenho nada pessoal contra minha irmã. Apenas não posso assistir calada à forma como ela vem internada no inventário e na falência. Não é admissível que ela se omita e compactue com o que vem removível", acrescentou. 

De acordo com Thereza, a intenção é ajudar Maria de Lourdes e acabar com as irregularidades do inventário.
"Eu e meus irmãos contratamos uma firma de assessoria financeira experiente e respeitada, a Valuation, para nos ajudar a construir essa solução. Fazer isso acontecer exigirá um choque de confiança: todos devem acreditar que a falência será pautada por transparência, eficiência e celeridade. Minha visão como inventariante é ajudar a promover essa guinada. Também quero acabar com as irregularidades na condução do inventário. Minha lema será a transparência", completou. 

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