Trabalhadores por conta própria dedicam mais horas e recebem menos, aponta IBGE
Levantamento aponta que autônomos têm rendimento inferior ao de empregados e patrões
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Trabalhadores por conta própria gastam mais tempo na atividade profissional do que empregados e patrões. Apesar do maior esforço, os profissionais fazem parte do tipo de ocupação que recebe o menor rendimento.
Os dados são referentes ao quarto trimestre de 2024 e compõem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Enquanto o rendimento médio mensal do brasileiro ficou em R$ 3.215, o ganho do trabalhador por conta própria foi de R$ 2.682. Já o empregado teve salário de R$ 3.105. No topo da lista ficou o empregador, com R$ 8.240.
A pesquisa aponta que os trabalhadores por conta própria gastam, em média, 45,3 horas semanais em suas atividades, superando a média geral de 39,1 horas no Brasil.
O IBGE classifica como trabalhador por conta própria “a pessoa que trabalha explorando o seu próprio empreendimento, sozinha ou com sócio, sem ter empregado e contando, ou não, com ajuda de trabalhador não remunerado de membro da unidade domiciliar em que reside”.
Segundo o levantamento, eles são seguidos pelos empregados, que trabalham em empresas e dedicam 39,6 horas semanais, e pelos empregadores, que possuem seus próprios negócios e trabalham 37,5 horas. O trabalhador familiar auxiliar - pessoa que ajuda a atividade econômica de um parente, mas sem qualquer remuneração - aparece em seguida com 28 horas semanais.
Conforme o IBGE, a população ocupada no último trimestre de 2024 era de 103,8 milhões de pessoas. Os empregados eram 69,5%, os trabalhadores por conta própria representavam 25,1%; enquanto os empregadores, 4,2%. Os trabalhadores familiares auxiliares respondiam a 1,3% da população ocupada.