Transparência Internacional foi criada para combater corrupção e "não para fazer política", diz Ministro da CGU
A declaração foi feita por meio das redes sociais, em resposta a publicação da organização sobre o Orçamento Secreto
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, demonstrou reprovação, através das redes sociais, sobre a Transparência Internacional Brasil, que tem assento no Conselho de Transparência e Controle Social do governo federal, destacando que ela foi criada para combater a corrupção e "não para fazer política". A declaração foi nessa quinta-feira (20).
As mensagens respondem a uma publicação realizada pela organização sobre o chamado Orçamento Secreto. “Pode ser o maior esquema de institucionalização da corrupção que temos notícia. A falta de transparência e controle sobre esses bilhões de reais abre caminho para inúmeros casos de corrupção, como o ‘tratoraço’ e a cidade banguela”, descreve a postagem da Transparência, em menção a dois casos recentes envolvendo irregularidades no uso desses recursos.
Em outro trecho, a Transparência Internacional atribuiu à CGU irregularidades na execução das emendas do orçamento secreto à CGU. “Ministro, o intuito original da emenda do relator era corrigir erros na etapa final do ciclo de aprovação do orçamento. Nunca foi para distribuir bilhões na barganha política. E é extremamente preocupante que a CGU legitime esse grave processo de institucionalização da corrupção”.
Como afirmou Rosário, “o Parecer Preliminar da CMO [Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional] dá mais poder para o relator que a simples correção de erros e omissões. Só em 2016, sem RP9, o relator alterou R$ 39 bi do orçamento”. Por fim, o ministro disse: “Estude antes de se manifestar”.