Cerca de 3 milhões de pessoas não têm acesso ao tratamento da tuberculose
Relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que o mundo deve acelerar o progresso para alcançar a meta de acabar com a enfermidade até 2030
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Foto: Agência Brasil
Em 2018, o número de pessoas que receberam tratamento para a tuberculose bateu um recorde histórico em grande parte, devido a uma melhor detecção e diagnóstico da doença. Em todo o mundo, sete milhões de pessoas foram diagnosticadas e tratadas, contra 6,4 milhões em 2017.
O novo relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que o mundo deve acelerar o progresso para alcançar a meta de acabar com a tuberculose até 2030.
A maior carga da doença em 2018 se concentra em oito países: Bangladesh, China, Índia, Indonésia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e África do Sul. Brasil, China, Rússia e Zimbábue, todos com altos índices da doença, alcançaram níveis de cobertura de tratamento de mais de 80%.
O novo Relatório Global de Tuberculose da Organização Mundial da Saúde (OMS), lançado nesta quinta-feira (17), revela que houve uma redução no número de mortes por tuberculose: 1,5 milhão de pessoas morreram da doença em 2018, ante 1,6 milhão em 2017.
Baixa renda
Além disso, o total de novos casos vem diminuindo nos últimos anos. No entanto, a carga da doença permanece alta entre populações de baixa renda e em situação de vulnerabilidade: cerca de 10 milhões de pessoas desenvolveram a tuberculose em 2018.
O relatório da OMS também destaca que o mundo deve acelerar o progresso para alcançar a meta de desenvolvimento sustentável de acabar com a tuberculose até 2030. O documento também observa que cerca de 3 milhões de pessoas com a doença ainda não estão recebendo os cuidados dos quais precisam.
Cobertura universal
Atualmente, em muitos países, a frágil infraestrutura de saúde e a escassez de força de trabalho no setor dificultam o diagnóstico oportuno e os tratamentos adequados para a tuberculose.
Sistemas de notificação frágeis são outro problema: prestadores de serviços de saúde podem tratar as pessoas, mas não relatam casos às autoridades, deixando uma imagem incompleta das epidemias e das necessidades de serviços nacionais.
Além disso, até 80% dos pacientes com tuberculose em países de alta carga gastam mais de 20% de sua renda familiar anual no tratamento da doença.