Um grande problema para os brasileiros
Confira o editorial desta sexta-feira (23)
Foto: Arquivo/Abr
Os sucessivos aumentos no preço do gás de cozinha e quanto este valor pesa no bolso só brasileiro se lamentações recorrentes em 2021.
Uma preocupação consciente e responsável de muitas famílias, sem dúvida. O gás está caro, é um fato, mesmo que o gasto com um botijão, hoje, ser menos oneroso no salário mínimo do que há 20 anos, por exemplo.
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o gás de cozinha custava em dezembro de 2001, em média, R$ 18,69, o que equivale a 10,38% dos R$ 180 de salário mínimo da época. Em 2021, o item custa e média de R$ 87,43, o que significa 7,95% dos R$ 1.100 do atual salário mínimo.
No entanto, há de se considerar a inflação e o poder de compra destes R$ 1.100, ou ainda, considerar que uma considerável parcela de brasileiros sequer recebem este valor ao mês.
E mais: o índice de desemprego é de 14,7%, o maior desde o início da série histórica do IBGE, em 2012, o que sugere um périplo infindável para diversas famílias para conseguir ter um botijão de gás para durar meses e meses.
O governo federal, numa tentativa de frear a alta nos valores dos combustíveis, praticamente zerou os impostos federais incidentes sobre o diesel e o gás de cozinha. Porém, essa medida ainda é irrisória frente a tantos gargalos da economia nacional.
É urgente a necessidade de Poder Público e a estatal (Petrobras) buscar um caminho que deixe de estrangular o consumidor brasileiro, sobretudo, aqueles de mais baixa renda, e se desvencilhar de políticas de preços que apenas satisfazem acionistas.