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Uma criança ou adolescente dá à luz um bebê a cada 20 minutos no Brasil, diz pesquisa

Entre 2010 e 2019, mais de 252 mil meninas de 10 a 14 anos tiveram um filho

Por Da Redação
Ás

Uma criança ou adolescente dá à luz um bebê a cada 20 minutos no Brasil, diz pesquisa

Foto: Ilsutração/Reprodução

Uma carta escrita por relatoras da Organização das Nações Unidas (ONU) ao governo federal denunciaram uma ofensiva contra o aborto ilegal, nas condições previstas pela legislação brasileira. Segundo elas, a ONU recebeu informações de que, de 2010 a 2019, 252.786 meninas de 10 a 14 anos deram à luz outras crianças no país. O número representa um parto a cada 20 minutos nesse período. 

O documento foi assinado pelas relatoras Dorothy Estrada-Tanck, Irene Khan, Tlaleng Mofokeng, Mary Lawlor e Alice Jill Edwards.

De acordo com os dados coletados pela Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos do Paraná, em 2018, mulheres e meninas afrodescendentes foram 65% do total de vítimas maternas. A rede estima que 92% do total de mortes maternas poderiam ser evitadas. 

No ano de 2021, crianças de 0 a 13 anos foram 61,3% das vítimas do número total de estupros no Brasil. Entre essas vítimas, 52,2% eram afrodescendentes e 88,2% eram mulheres. 

Conforme a carta, "organizações da sociedade civil relataram uma redução de 45% na disponibilidade de serviços de aborto legal no Brasil durante a pandemia da Covid-19".

"De acordo com a Pesquisa Nacional de Aborto (PNA 2021), meio milhão de abortos é realizado no Brasil a cada ano, e 43% das mulheres que se submeteram ao aborto precisaram ser hospitalizadas devido a complicações de saúde." 

No documento, os especialistas alertam para a "séria preocupação com as alegações que, se confirmadas, mostrariam uma tendência persistente de violência contra mulheres e meninas que não têm acesso ao seu direito à saúde reprodutiva no Brasil por conta de muitas barreiras sistêmicas, que parecem afetar especialmente mulheres e meninas afrodescendentes".

A carta foi enviada para as autoridades de Brasília em abril deste ano. 

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