Uma vida pela capoeira
Confira o nosso editorial deste sábado (13)
Foto: Divulgação
Este 13 de novembro de 2021 marca os 40 anos de morte do Mestre Pastinha, um dos pilares da capoeira do Brasil, quiçá do mundo, que nasceu, cresceu e eternizou sua arte em Salvador.
Vicente Ferreira Pastinha viveu 92 anos. Nasceu em 1889, no ano seguinte da libertação dos escravos no Basil. Filho do espanhol José Señor Pastinha e da baiana Eugênia Maria de Carvalho, nasceu na Rua do Tijolo da capital baiana.
Pastinha está eternizado como o responsável pela difusão da Capoeira Angola, bem como pela reunião e organização dos princípios e fundamentos de um dos maiores símbolos da cultura brasileira.
Assumindo a missão de organizar a Capoeira Angola e de devolver a ela seu valor e visibilidade, enfraquecidas pela emergência e popularização da Capoeira Regional, Mestre Pastinha fundou o Centro Esportivo Capoeira Angola (CECA).
Em sua academia, Pastinha adotou um uniforme com as cores de seu time do coração, onde treinou quando rapaz, o preto e o amarelo do Esporte Clube Ypiranga.
Mestre Pastinha, conta a história, sempre prezou pela cordialidade entre seus alunos e pregava que os capoeiristas não deveriam apelar para a violência quando estivessem vadiando (jogando). Ao contrário, sustentava que a calma era a maior aliada da capoeira.
O escritor baiano Jorge Amado, admirador de Mestre Pastinha e também um dos que lhe deram suporte em momentos difíceis de sua vida, dizia que ele não era apenas um praticante da capoeira, mas um teórico dela.