Verbas indenizatórias pagas a procuradores tem alta de 503% em um ano
Da lista de pagamentos, o procurador de Goiás Mario Lucio de Avelar é o que teve o maior benefício: R$ 362.011,48
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O valor do teto constitucional é ultrapassado com frequência por algumas categorias, apesar de R$ 39,3 mil serem destinados para salários do funcionalismo público. Outros benefícios, conhecidos como “penduricalhos”, saem do limite e engordam contracheques, como o caso das chamadas verbas indenizatórias, compostas em sua maioria por auxílios e abonos.
Apenas no mês de dezembro, procuradores receberam R$ 79,2 milhões em verbas indenizatórias, uma alta de 503% com relação ao mesmo período de 2020, quando R$ 13,1 milhões saíram dos cofres públicos.
O procurador de Goiás Mario Lucio de Avelar é o que teve o maior benefício da lista de pagamentos, com R$ 362.011,48. Além da verba, em dezembro, Avelar recebeu outros benefícios que totalizaram R$ 471.225,26 em salário bruto.
O procurador regional José Robalinho Cavalcanti também é um beneficiado da lista. Ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Robalinho recebeu R$ 352.403,90, o segundo maior valor em indenizações. No mês, ele teve um salário bruto de R$ 446.578,66.
Segundo Cavalcanti, o pagamento de todas as indenizações, em um único contracheque mensal, nunca havia ocorrido e seria algo “pontual” ao longo de 22 anos de carreira no Ministério Público. Além do benefício, procuradores contaram com um agrado adicional no último mês de 2021.