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Vídeo: indiciado pela PF, Bolsonaro faz apelo aos ministros do STF por anistia

Declarações do ex-presidente foram feitas em entrevista na noite de quinta-feira (28)

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Vídeo: indiciado pela PF, Bolsonaro faz apelo aos ministros do STF por anistia

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçou a defesa de uma “anistia” para os 37 indiciados por envolvimento no plano de golpe de Estado. Em entrevista à Revista Oeste, na noite de quinta-feira (28), ele afirmou que para o Brasil ter paz é preciso que “o jogo seja zerado” e comparou o momento atual com a promulgação da Lei da Anistia de 1979, no fim da Ditadura Militar

“Pra nós pacificarmos o Brasil alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes. Anistia [...] Se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre de Moraes no tocante à anistia, estava tudo resolvido. Não querem pacificar? Pacifica. Zera o jogo daqui para frente. Eu apelo aos senhores ministros do Supremo Tribunal Federal, por favor, repensem, vamos partir para uma anistia”, disse.

Conforme o inquérito da Polícia Federal, Bolsonaro “planejou, dirigiu e executou” atos para abolir o Estado Democrático de Direito e consumar um golpe. O ex-presidente nega as acusações e define o inquérito como “peça de ficção”. 

As investigações apontam que o plano incluía o assassinato do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes. 
Bolsonaro disse ter ficado feliz com a declaração de Michel Temer ( MDB ) que minimizou as conclusões da PF e disse que "ninguém vai dar golpe com um general da reserva, quatro oficiais e um agente da polícia federal".

Bolsonaro também comparou a situação dele com os perseguidos políticos na Venezuela, Nicarágua e Bolívia . "Querem arrumar uma maneira de me tirar de combate. Algumas acham até que não é nem tornar inelegível por mais tempo ou uma relatada. Querem é executar. Vou acabar sendo um problema para eles trancafiados."

Veja a lista dos 37 indiciados:

Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército acusado de intermediar inserção de dados ilegal em cartões de vacinação contra Covid-19;

Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, coronel do Exército e um dos autores do documento de teor golpista "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro";

Alexandre Ramagem, deputado federal, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e delegado da Polícia Federal;

Almir Garnier Santos, almirante da reserva e ex-comandante da Marinha;

Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como "mentor intelectual" da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

Anderson Lima de Moura, coronel do Exército e um dos autores do documento de teor golpista "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro";

Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello;

Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional e general da reserva do Exército;

Bernardo Romão Correa Netto, coronel acusado de integrar núcleo responsável por incitar militares a aderirem a uma estratégia de intervenção militar para impedir a posse de Lula
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro contratado pelo PL para questionar vulnerabilidade das urnas eletrônicas durante eleições de 2022;

Carlos Giovani Delevati Pasini, coronel do Exército suspeito de ter participado da confecção da "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro";

Cleverson Ney Magalhães, coronel da reserva do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;

Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;

Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército e supostamente envolvido com carta de teor golpista;

Filipe Garcia Martins, ex-assessor da Presidência da República que participou da reunião que tratou da minuta de golpe;

Fernando Cerimedo, empresário argentino que fez live questionando a segurança das urnas eletrônicas durante as eleições de 2022;

Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército e um dos responsáveis pelo monitoramento clandestino de opositores políticos;

Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel e ex-comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia que desmaiou quando a PF bateu à sua porta;

Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército identificado em trocas de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Barbosa Cid;

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, ex-deputado, ex-vereador do Rio de Janeiro e capitão da reserva do Exército;

José Eduardo de Oliveira e Silva, padre da diocese de Osasco;

Laercio Vergililo, general da reserva envolvido em suposta trama golpista;

Marcelo Bormevet, policial federal suspeito de integrar o esquema de espionagem ilegal conhecido como "Abin paralela";

Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;

Mario Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, general da reserva e homem de confiança de Bolsonaro. É suspeito de participar de um grupo que planejou as mortes de Lula, Alckmin e Moraes;

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel do Exército (afastado das funções na instituição);

Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército suspeito de participar de trama golpista;

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, empresário e neto do ex-presidente do período ditatorial João Figueiredo;

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa, general da reserva e ex-comandante do Exército;

Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e integrante do grupo 'kids pretos';

Ronald Ferreira de Araujo Junior, tenente-coronel do Exército;

Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel que integrava o "núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral";

Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado "gabinete do ódio";

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido pelo qual Jair Bolsonaro e Braga Netto disputaram as eleições de 2022;

Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022, general da reserva do Exército;

Wladimir Matos Soares, policial federal que atuou na segurança do hotel em que Lula ficou hospedado na transição. Ele é suspeito de participar de grupo que planejou as mortes de Lula, Moraes e Alckmin.

Veja vídeo:

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