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Video obtido pela Lava Jato Rio mostra encontro entre delator e analista da Receita que cobrava propina

Investigação apurou que os servidores da Receita exigiam propina para arquivar as ações fiscais

Por Da Redação
Ás

Video obtido pela Lava Jato Rio mostra encontro entre delator e analista da Receita que cobrava propina

Foto: Reprodução

A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro divulgou na manhã desta quarta-feira (2) imagens e vídeos que comprovam o envolvimento de funcionários da Receita Federal com cobrança de propina. O material audiovisual foi utilizado no pedido de prisão de servidores em ação deflagrada logo nas primeiras horas do dia. 

O material divulgado mostra três encontros de um analista tributário da Receita, e o delator, Ricardo Siqueira Rodrigues, que era responsável pela cobrança de propina. Os depósitos, segundo a investigação, eram destinados à conta de Marcial Pereira de Souza e de sua mulher, em Portugal. 

Segundo a Polícia Federal, o pagamento de propina acontecia em uma operação controlada, com autorização da Justiça. A investigação apurou que os servidores da Receita exigiam dinheiro para  arquivar as ações fiscais abertas contra Ricardo, cuja “suposta multa”,  seria de milhões de reais. 

A partir dessa informação, a Polícia Federal, com o apoio da própria Receita e do Ministério Público Federal, identificou patrimônios dissimulados e o uso de informações privilegiadas para beneficiar terceiros na “Operação Rizoma”, que levou o empresário à prisão em 12 de abril do ano passado.

Os pedidos de prisão emitidos hoje, destaca a PF, conta com provas consistentes na declaração de Imposto de Renda da mulher de Marcial. Os montantes declarados eram completamente incompatíveis com a renda anual do casal e, alguns bens, tais como relógios de valores altos, despertaram a atenção da Receita. Gastos altíssimos no cartão de crédito, viagens, além de clínicas de tratamentos estéticos, só corroboraram com as suspeitas e tornaram mais fácil a atuação da polícia.

Na tarde desta quarta-feira (2), o procurador do MPF, Almir Teubl, disse que não poderia confundir a atuação dos servidores com a atuação institucional da Receita Federal. “Jamais houve contato dessas pessoas com a fase sigilosa, investigativa das operações. Depois que as operações eram publicizadas, ele era o responsável por monitorar casos em que pudesse ter incidência de tributos, de maneira burocrática. Ele não estava envolvido com investigações da força-tarefa da Lava Jato. Não podemos confundir a atuação desses servidores com a atuação institucional da Receita Federal, que foi fundamental, inclusive, nessas investigações”.

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