Wagner diz que união do PDT com o DEM "é canoa furada"
Senador falou ainda da relação do Congresso com o governo federal
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O senador Jaques Wagner (PT) afirmou na manhã desta terça-feira (15) não acreditar na máxima de eleição ganha, principalmente após a pandemia da Covid-19.
"Óbvio que tem um processo de cansaço e todo mundo sabe que a população quer renovar. Aqui no Nordeste é diferente porque temos boas opções. Essa eleição é difícil de prospectar por causa da pandemia. Vamos entrar no pleito sem um comício e mudanças na propaganda eleitoral. Tem a questão do desemprego. Então, a cabeça das pessoas está em outro mundo", pontuou durante entrevista à Rádio Metrópole.
O petista fez questão ainda de lembrar da ligação do DEM com o governo federal e chegou a afirmar que o presidente "dá milho pro pessoal e o pessoal vai votando".
"O Brasil tem 52% da população economicamente ativa sem ocupação. O governo brasileiro virou tapete para americano. O moço daqui resolve importar sem cobrar. Tô questionando o TCU. É um governo de crime contra a economia nacional(...). A maioria do parlamento é partido de governo. O presidente se acertou com o chamado Centrão. O DEM aqui finge que não é, mas lá tem dois ministros. O cara dá milho pro pessoal e o pessoal vai votando. A oposição fica com os partidos de esquerda. Conseguimos aprovar Fundeb e R$ 600 contra a vontade do governo. Depois, ele gostou e entrou no populismo. O que ele e Paulo Guedes vão deixar na Economia é um rastro de destruição", disse Wagner.
Wagner teceu ainda críticas pela aliança formada entre o PDT e o DEM na disputa pela prefeitura de Salvador.
"Ciro Gomes está entrando numa viagem que não sei se chega ao fim achando que se une ao DEM pra fazer frente ao Bolsonaro. Quem vai chegar do outro lado será candidato de centro-esquerda. Ciro viaja em contexto de centro-direita. É uma canoa furada. O DEM está com todos os pés dentro do governo Bolsonaro", alfinetou.