Luz no fim do túnel

Ás

Luz no fim do túnel

Tem uma luz no fim do túnel. Acesa ou apagada provocou uma gritaria na turma do sofomaníaco. A polvorosa tomou conta do ambiente e já não se sabe em quem confiar. O sábio de plantão não diz coisa com coisa. A desarrumação está instalada. 

E agora?
O que fazer para restabelecer a fantasia na casa de Noca?

O supremo juiz insiste em dizer que os revoltosos do oito de janeiro queriam era promover o fim violento do “estado democrático de direito”. Em contrapartida, o atual presidente do poder emanado do voto popular afirma que aquele evento foi uma agressão às instituições, mas não representou uma tentativa de eliminar o “estado democrático de direito”.

Partidos da base governista, tais como o PP e outros tantos, que elegeram, juntamente com a Oposição, o Presidente da Câmara dos Deputados, fizeram um silêncio obsequioso, que parece concordar com a afirmação  do Líder da Casa que  representam.

Esse roteiro em muito se assemelha àquele  que ocorreu para  desparafusar as  engrenagens que mantinham de pé o regime militar de 64. Severo Gomes, ministro do governo à época, manifestou o descontentamento dos paulistas, levando a Ditadura ao inevitável desgaste e ao encorajamento das correntes políticas aliadas ao regime a tomarem o mesmo caminho. A isso se incorporou uma  sociedade que há muitos anos constituía uma  solida, unitária e poderosa consciência democrática. 

O panorama mundial que se desenrola obedece a uma consistente recuperação dos valores democráticos urdidos no mundo Ocidental, onde a liberdade de opinião, o império da lei e a livre expressão do pensamento ganham relevo e  vitoriosamente se confrontam com ideologias contrárias às nossas tradições cristãs e  seculares. Todavia, sem que isto represente uma “bala de prata”, é bom lembrar das palavras de  J. M. Coetzee, na  sua luta  contra o “apartheid”: “o poder só respeita outro poder”.

O declínio do totalitarismo, ao qual estamos submetidos, é  visível e inescapável, ainda que  a  sua derrota final pode  estar apenas  começando. Afinal os  regimes autoritários, a exemplo das ditaduras típicas dos  países subdesenvolvidos, são defenestrados numa ação  direta e  simples, mas os ”totalitarismos” penetram fundamentem no  sistema político e  social, apoderando-se das leis, manipulando-as e dando  às Constituições - que  subsistem –   interpretações  criativas, capazes de  converter suas normas democráticas em instrumentos perversos, com vistas à  sua própria legitimação. 

Nos regimes totalitários as instituições e a cidadania desaparecem para ceder lugar, como bem salientou Hannah Arendt, a um ser humano deformado, submetido à propaganda massiva e ao Estado criador da verdade absoluta.

Em face das condições brasileiras, fundadas em farsas sucessivas, aflora a verdade aos poucos, seja  em escândalos  como o protagonizado pela USAID nos  EUA, seja pelo descolamento das  forças partidárias da base governista, convencidas do  desastre moral e  econômico a que o país está sendo conduzido pelo sofomaníaco que o  governa, cuja  retórica está inteiramente desmoralizada.

Não é possível precisar quando a desordem prenuncia o declínio de uma era, tantos  foram os  anos que o lulopetismo submeteu o país aos seus desastrosos descaminhos. Cicero, desde o longínquo Império Romano, chamava a atenção para o fato de que “quanto mais próximo o colapso de um império, mais malucas são suas leis” . O filósofo romano tinha  em mente os desatinos  cometidos no Brasil nos últimos tempos: o conselho para não comprar os  alimentos, a revogação do malfadado imbróglio do Pix e a lei que proibia a edição de uma lei sobre o Pix.

Hilário!

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