'Agruras que vão além de qualquer civilidade', diz ministra após insultos de Roberto Jefferson
Em sessão, Cármen Lúcia agradeceu apoio que recebeu nos últimos dias
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, agradeceu na última quarta-feira (26), durante sessão, os apoios recebidos nos últimos dias após ser agredida verbalmente por Roberto Jefferson. O episódio, segundo ela, a deixou mais forte.
“Vários de nós passamos – nesses últimos tempos especialmente, talvez diferente de outros períodos, mas que já devem ter se repetido em outros períodos – por agruras que vão além de qualquer civilidade”, disse a ministra. “Portanto serenamente, do mesmo jeito, continuo julgando, e acho um privilégio na minha vida estar entre os senhores ministros desta composição. Tenho certeza de que estamos juntos, porque o atingimento de um é de todos, mas nós temos este compromisso com este grande sonho dos homens, no caso brasileiro, constitucionalmente definidos”, completou.
As ofensas contra a magistrada começaram depois que o ex-deputado discordou de um voto dela no STF. Os insultos, somados a outras infrações praticadas por Jefferson, que descumpriu as regras impostas para sua prisão domiciliar, levaram o ministro Alexandre de Moraes a alterar o regime para fechado. Durante o cumprimento do mandado de prisão, o político disparou granadas e tiros de fuzil que feriram dois agentes da Polícia Federal. Agora, o ex-deputado responde por quatro tentativas de homicídio. Durante sua audiência de custódia, Roberto Jefferson voltou a ofender a ministra e disse que: “Cármen age pior que prostitutas”.