Após nota pró-Bolsonaro, governo Lula chama representante dos EUA para prestar esclarecimentos

O Itamaraty convocou nesta quarta-feira (9) o representante da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos sobre uma nota publicada em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Mais cedo, a embaixada norte-americana afirmou que Bolsonaro e sua família têm sido “fortes parceiros” dos Estados Unidos e classificou como “vergonhosa” a suposta perseguição política contra ele, familiares e apoiadores.

Até que o presidente Donald Trump nomeie um novo embaixador, Gabriel Escobar é o principal representante da embaixada no país. A última embaixadora, Elizabeth Frawley Bagley, deixou o cargo com a troca de governo nos Estados Unidos.

Leia a nota da embaixada na íntegra:

"Jair Bolsonaro e sua família têm sido fortes parceiros dos Estados Unidos. A perseguição política contra ele, sua família e seus apoiadores é vergonhosa e desrespeita as tradições democráticas do Brasil. Reforçamos a declaração do presidente Trump. Estamos acompanhando de perto a situação. Não comentamos sobre as próximas ações do Departamento de Estado em relação a casos específicos".
 

Apoio de Trump a Bolsonaro

Na segunda-feira, 07, o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, publicou em sua rede social, a Truth Social, uma mensagem de apoio a Jair Bolsonaro, que, segundo ele, é alvo de perseguição política no Brasil.

No post, Trump diz que o ex-presidente brasileiro é vítima de um "caça às bruxas" e que ele "não é culpado de nada".

Trump reiterou a defesa ao  ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro na rede social, a "Truth Social", na noite de terça-feira (8). Sem fazer referência ao Supremo Tribunal Federal (STF), ou a ação da trama golpista relatada por Alexandre de Moraes, o republicano publicou que Bolsonaro deve ser "deixado em paz", e mais uma vez utilizou a expressão "caça às bruxas" para reforçar a ideia de perseguição ao ex-presidente.