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Bahia é o estado com maior número de quilombolas no Brasil, mas 13,4% viviam sem acesso adequado a saneamento básico em 2022

Dados são do Censo Demográfico 2022 e foram divulgados pelo IBGE

Por Da Redação
Ás

Bahia é o estado com maior número de quilombolas no Brasil, mas 13,4% viviam sem acesso adequado a saneamento básico em 2022

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A Bahia é o estado com maior número de quilombolas no Brasil, com o total de 397.502 pessoas, que representam 3 em cada 10 quilombolas do país, ou 29,9% de um total de 1.330.186. Os dados são do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Os quilombolas são 2,8% de toda a população baiana, segunda maior proporção entre os estados, e abaixo apenas do Maranhão, com 4,0%. Porém, é bem superior à nacional (0,7% da população brasileira é quilombola). 

Dos quilombolas baianos, 5,2% (20.771) moravam nos 48 Territórios oficialmente delimitados em 2022, o 3º menor percentual entre os 24 estados com população quilombola em Territórios. No Brasil como um todo, 12,6% da população quilombola viviam em Territórios delimitados (167.769).

Para além dos Territórios delimitados e das comunidades certificadas, entretanto, foi identificado que na Bahia 1.814 localidades quilombolas, associadas a 1.702 comunidades cujos nomes foram informados pelas pessoas que se identificaram como quilombolas no recenseamento. 

Na Bahia em 2022, a proporção de pessoas quilombolas que moravam em domicílios com acesso inadequado aos três serviços de saneamento básico (abastecimento de água, coleta de esgoto e destinação final de lixo) era o dobro da verificada na população em geral, e a taxa de analfabetismo entre quilombolas era 45,1% maior do que no total de moradores do estado.

Um em cada 10 quilombolas - 13,4% dessa população, o que equivalia a 53.282 pessoas - vivia em domicílios com acesso inadequado aos três serviços: abastecimento de água, coleta de esgoto e destinação final do lixo.

Ou seja, significa que moravam em residências onde não havia abastecimento de água canalizada por rede geral, poço, fonte, rio córrego, mar ou outra forma. 

Nos Territórios Quilombolas delimitados existentes na Bahia, a situação piorava um pouco, e 17,0% dos quilombolas (3.524 pessoas) moravam em domicílios sem acesso adequado aos três serviços de saneamento básico. 

Coleta de lixo

O relatório também detectou desigualdade entre o acesso dos quilombolas e da população em geral à destinação final adequada do lixo, no estado.

Enquanto, no total da população baiana, 8 em cada 10 pessoas (82,7%) moravam em domicílios atendidos por coleta de lixo direta ou indireta por serviço de limpeza, entre os quilombolas o atendimento caía para pouco menos de 7 em cada 10 pessoas (67,1% ou 266.344, em números absolutos).

Já nos Territórios delimitados na Bahia, a coleta de lixo direta ou indireta atendia menos da metade da população quilombola (49,6%). A proporção era muito próxima à de quilombolas que, nos Territórios, queimavam o lixo na propriedade em que viviam (48,7% do total que residiam nesses locais).

A queima do lixo também era uma alternativa muito utilizada pelos quilombolas em geral, na Bahia: 30,7% viviam em domicílios onde isso ocorria, frente a 15,5% da população em geral do estado. 

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