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Bispa pede misericórdia por migrantes e LGBT's durante sermão de posse de Trump, e é chamada de 'hater' por novo presidente dos EUA

Republicano disse ainda que Mariann Edgar Budde teve um ''tom desagradável, foi pouco convincente e pouco inteligente''

Por Da Redação, FolhaPress
Ás

Bispa pede misericórdia por migrantes e LGBT's durante sermão de posse de Trump, e é chamada de 'hater' por novo presidente dos EUA

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O culto de celebração da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos se tornou assunto nas redes sociais após a bispa Mariann Edgar Budde pedir misericórdia para migrantes e para pessoas LGBTQIA nesta terça-feira (21).

O presidente participou de uma missa na Catedral Nacional de Washington em celebração à sua posse. A cerimônia foi liderada pela bispa Mariann Edgar Budde, membro do alto escalão da Igreja Episcopal - uma vertente do protestantismo.

Em seu discurso, a bispa repreendeu o novo líder sobre os decretos que ele assinou contra pessoas LGBTQ+ e migrantes. "Eu lhe peço que tenha misericórdia, senhor presidente. Há crianças gays, lésbicas e transgêneros em famílias democratas, republicanas e independentes'', afirmou.

Ela ainda falou sobre o medo que está ''sendo sentido em todo país''. Mariann defendeu os trabalhadores estrangeiros que "podem não ser cidadãos ou não ter a documentação adequada (...) mas a grande maioria dos migrantes não é criminosa", argumentou.

Trump atacou a líder religiosa em suas redes sociais. "Além de seus comentários inadequados, o sermão foi muito chato e pouco inspirador. Ela não é muito boa em seu trabalho! Ela e sua igreja devem um pedido de desculpas ao público!", publicou em sua conta na Truth Social.

Republicano a chamou de ''esquerdista radical''. Ele afirmou que ela teve um ''tom desagradável, foi pouco convincente e pouco inteligente''.

QUEM É A BISPA?

Mariann tem 65 anos e é bispa episcopal de Washington. Sua biografia no site da diocese diz que ela atua como líder espiritual de 86 congregações episcopais e dez escolas episcopais no Distrito de Columbia e quatro condados de Maryland.

Ela foi a primeira mulher a ser eleita como diocesana de Washington, em 2011. A líder religiosa também atua como presidente da Protestant Episcopal Cathedral Foundation, que supervisiona os ministérios da Washington National Cathedral e da Cathedral schools.

Mariann é casada, mãe de dois filhos adultos e avó. ''Quando não está trabalhando, você frequentemente a encontrará andando de bicicleta, passando tempo com a família ou cozinhando o jantar para amigos'', relata sua biografia.

A bispa Budde é defensora da equidade racial, da prevenção da violência armada, da reforma da imigração e da inclusão total de pessoas LGBTQIA+. ''Ela acredita que Jesus chama todos os que o segue a lutar pela justiça e pela paz, e a respeitar a dignidade de cada ser humano'', descreve a Igreja.

Segundo a rádio americana NPR, ela é conhecida por ser crítica de Trump. Em 2020, ela escreveu um artigo de opinião para o jornal The New York Times criticando o então presidente por usar a polícia para evacuar a Lafayette Square, perto da igreja de St. John's, em meio aos protestos sobre a morte de George Floyd.
 

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