Chiquinho Brazão desiste de fazer exame fora do presídio após liberação de Moraes
Segundo a defesa, Brazão não se sente seguro para fazer o exame e retornar para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), onde está detido
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2019, desistiu de realizar um exame de cateterismo fora do presídio, após a liberação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
No início do mês, Moraes negou um pedido de prisão domiciliar de Brazão, mas autorizou que o deputado deixasse o presídio para fazer a consulta com um cardiologista e o exame médico.
Segundo a defesa, no entanto, Brazão não se sente seguro para fazer o exame e retornar para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), onde está detido.
"Na última visita realizada pela família, no dia 10 de janeiro, ao ser informado sobre a autorização de Vossa Excelência para a realização do procedimento cardíaco, mediante escolta e acompanhamento pós-operatório pelo estabelecimento prisional, o postulante [Chiquinho Brazão], muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso, pois não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", diz a defesa.
No documento, os advogados de Brazão afirmam ainda que o político está "temeroso com o seu atual estado de saúde – que é grave – e, portanto, inseguro de realizar um procedimento tão invasivo e retornar ao cárcere".