Comércio Varejista de Salvador fechou 2021 com desempenho abaixo do esperado
Corrosão da renda pela inflação e endividamento de famílias foram um dos motivos

Foto: Farol da Bahia
A Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) apresentou, nesta quarta-feira (22), os números correspondente ao comércio varejista, que encerrou o ano de 2021 com o desempenho abaixo do esperado, com 9%.
As atividades de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, lojas de móveis e decoração e supermercado registraram queda no acumulado.
Os motivos para a baixa foram a corrosão da renda pela inflação, que em Salvador foi puxada pela habitação (15,41%) e transportes (22,54), de acordo com o IPCA, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O segundo motivo foi o recorde de famílias endividadas em Salvador, que alcançou 672 mil pessoas, representando 72,2% do total da capital baiana. Neste ponto, a utilização de carnês e cartões foram os vilões.
O terceiro foi o crédito mais caro e seletivo, por causa da Selic, que subiu de 2% para 10,75% ao ano, em um ano. O número elevado trouxe impacto no crédito ao consumidor, o que fez com que o rotativo no cartão de crédito ficasse em 349,6%, ano ano.